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Traficante usou a dark web para comprar 100 quatrilhões em moeda do Zimbábue

Por| 29 de Julho de 2019 às 20h50

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Traficante usou a dark web para comprar 100 quatrilhões em moeda do Zimbábue
Traficante usou a dark web para comprar 100 quatrilhões em moeda do Zimbábue

Richard Castro, um traficante de drogas que usava a dark web para vender seus "produtos", agora está usando o underground online para um "investimento" diferente: segundo o FBI, ele comprou o equivalente a 100 quatrilhões de cédulas da moeda do Zimbábue, país localizado no sul da África e conhecido por ter uma inflação altíssima, que já chegou a ser de 231.000.000% em 2008.

O curioso é que o uso da moeda comprada por Castro já havia sido encerrado anos antes, após a hiperinflação. De acordo com as autoridades, a compra pode ter sido parte de um esquema mais amplo para lavagem dinheiro. O criminoso também investiu centenas de milhares de dólares em dezenas de carros de luxo. 

Com o codinome Chems_usa, Castro fez fortuna negociando, via dark web, opiáceos como fentanil e carfentanil — ambos considerados são mais fortes e viciantes que a heroína. Eles eram vendidos em marketplaces como o Dream Market e o AlphaBay, que só podiam ser acessados pelo navegador Tor. 

Mas quando esses marketplaces foram derrubados pela polícia, Castro passou a aceitar a compra de drogas apenas por e-mail criptografado. Além disso, ele exigia o pagamento de uma taxa de US$ 104, que deveria ser feita via Bitcoin.

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A prisão do traficante aconteceu depois que um policial disfarçado conseguiu contatá-lo e pagou a taxa exigida. A partir daí, ele usou um endereço para negociar a entrega das mercadorias e foi identificando um a um dos criminosos que compunham a quadrilha, até chegar a Castro. 

Quando preso, Castro alegou inocência, mas declarou-se culpado na última semana depois de negociar um acordo com as autoridades. Ele ainda precisará pagar cerca de US $ 4,16 milhões de multa e sua sentença será anunciada no próximo dia 25 de outubro, quando pode ser condenado a algumas décadas na prisão.

Fonte: BBC