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Resultado do Google traz "professora" definido como prostituta [ATUALIZADO]

Por| 22 de Outubro de 2019 às 19h50

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[ATUALIZAÇÃO 23/10 às 16h]: O Google deixou de exibir a segunda definição para a palavra "professora" depois que a Oxford University Press (parceira que fornece as definições de palavras) tomou a decisão de removê-la da sua base. Sendo assim, a empresa trouxe um novo posicionamento, em contato com o Canaltech:

“Nossa missão é tornar as informações acessíveis e úteis para todos. Trabalhamos com conteúdo licenciado de dicionários parceiros para ajudar nossos usuários a encontrar de forma fácil informações sobre palavras na Busca. Não editamos nem removemos as definições fornecidas pelos nossos parceiros que são os especialistas em idiomas. Em relação à palavra 'professora', a Oxford University Press, nossa parceira que trabalha com tradicionais editores de dicionário no Brasil, determinou que a segunda definição está em desuso e não é atual o bastante para ser incluída. A Oxford University Press removeu a definição e essa mudança está refletida nos resultados de dicionário exibidos na Busca para 'professora'".

Abaixo, você confere a notícia original na íntegra:

Um resultado de pesquisa no mínimo polêmico está gerando repercussão nesta semana. Ao jogar o termo "professora" na busca do Google para ter acesso ao significado da palavra no dicionário, o usuário se depara com duas definições.

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A primeira está correta: "mulher que ensina ou exerce o professorado". No entanto, foi a segunda definição que gerou estranhamento por parte dos internautas: "prostituta com quem adolescentes se iniciam na vida sexual". Essa segunda definição foi associada ao brasileirismo, ou seja, uma expressão utilizada pelo povo brasileiro.

É preciso levar em consideração, no entanto, que este tipo de recurso presente no buscador do Google faz uso de conteúdo de terceiros. Logo, acabou incorporando dados de um dicionário que, de fato, não foi realmente criado pela plataforma de buscas.

O problema com o termo "professora" não acontece a mesma coisa quando um usuário pesquisa por "professor", no masculino. Ao fazer isso, o mecanismo de buscas traz duas definições: a primeira é "aquele que professa uma crença, uma religião", enquanto a segunda definição é "aquele que ensina, ministra aulas (em escola, colégio, universidade, curso ou particularmente); mestre".

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Procurado pelo Canaltech, o Google do Brasil disse o seguinte: "Quando as pessoas pesquisam por definições de palavras na Busca, frequentemente elas desejam informações de maneira rápida. Por isso, trabalhamos para licenciar conteúdos de dicionários parceiros, que são exibidos diretamente na Busca. Os resultados incluem usos coloquiais que podem causar surpresa, mas não temos controle editorial sobre as definições fornecidas por nossos parceiros que são os especialistas em linguagem. Reconhecemos a preocupação neste caso e vamos transmiti-la aos responsáveis pelo conteúdo".

É válido notar que outros dicionários também trazem à tona essa definição responsável por levantar polêmica. É o caso do Aulete, por exemplo:

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O dicionário Michaelis também traz à tona essa mesma definição, de prostituta que inicia adolescentes na vida sexual:

Ou seja: não se trata de um "estagiário" bagunçando os algoritmos do Google, mas sim de uma definição no mínimo bizarra que se encontra em dicionários confiáveis por aí.