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O impacto do Wi-Fi 6E no ambiente de negócios e nas redes domésticas

Por| Editado por Rui Maciel | 03 de Março de 2021 às 10h45

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Divulgação/TP-Link
Divulgação/TP-Link

Por Moisés Montaño*

A chegada do Wi-Fi 6 trouxe consigo uma notável melhoria na eficiência do uso de espectro, aumentando a capacidade da rede e permitindo que mais dispositivos sejam conectados simultaneamente, com um melhor desempenho em relação às gerações anteriores de redes Wi-Fi, com maior velocidade de conexão e economia de energia.

E a tecnologia Wi-Fi 6E incorpora todos esses elementos, enquanto oferece uma melhoria considerável ao operar na frequência de 6 GHz, aumentando 1.200 MHz de largura de banda. Isso é algo que os governos e autoridades da América Latina já estão considerando. Com certeza veremos a liberação desse espectro de rádio para uso de Wi-Fi ao longo deste ano. O novo espectro permitirá a implementação de Wi-Fi 6E, que é até cinco vezes maior que o das versões anteriores. Desta forma, espera-se que até 2022 a tecnologia Wi-Fi 6E seja implementada em grande parte da região, melhorando a velocidade e a eficiência da rede.

A casa é a extensão do escritório

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Desde o início da pandemia da Covid-19, milhares de empresas foram forçadas a realocar suas operações para um ambiente remoto. Agora, muitos funcionários precisam de uma excelente rede doméstica para poder desempenhar suas funções. As estatísticas sugerem que, mesmo após a pandemia, o home office continuará presente no ambiente de negócios. Por isso, a tecnologia terá que resolver os dois principais problemas que afetam este modelo de trabalho: a velocidade do serviço de Internet e a gestão da banda larga em casa. Sem dúvida o Wi-Fi 6E virá com propostas para atender e melhorar a experiência do consumidor.

Como mencionei anteriormente, uma vantagem que se destaca na tecnologia Wi-Fi 6E é a largura de banda adicional de 1200 MHz, ao ter este novo espaço disponível para implementação de Wi-Fi poderemos eliminar interferências que afetam as versões anteriores, uma vez que há muitos dispositivos de diferentes utilizações e tecnologias que se conectam e operam na mesma banda das atuais gerações de Wi-Fi, o que satura a rede e provoca interferências, afetando sua velocidade e eficiência.

É fato que cada vez mais dispositivos estão conectados à internet simultaneamente. Com o Wi-Fi 6E, vários usuários poderão realizar diferentes atividades simultaneamente e que demandam um alto desempenho da rede Wi-Fi, que hoje não são viáveis ​​com as tecnologias wireless existentes. Estamos falando de questões como streaming de vídeo em 8K e realidade virtual, além das atividades já cotidianas. De uma forma geral, os consumidores aproveitarão ao máximo seu serviço de Internet.

Um futuro com redes mais rápidas

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Em escritórios, escolas, fábricas, armazéns, hotéis ou qualquer outro local, grandes benefícios serão percebidos, já que a combinação da eficiência no uso do espectro que o Wi-Fi 6 nos traz com as principais adições da versão 6E, como o aumento da largura de banda disponível, o aumento da velocidade e da capacidade, bem como a redução drástica das interferências, proporcionarão um salto considerável na utilização e aproveitamento do acesso à internet sem fio.

É importante esclarecer que haverá regras diferentes para o uso de Wi-Fi 6E em ambientes internos e externos. Nos espaços internos, os pontos de acesso (APs, da sigla em inglês) serão de baixa potência e não exigirão controle, no entanto, é claro que devem respeitar os níveis de potência permitidos em cada país.

Embora seja provável que existam outros sistemas operando no mesmo espectro de rádio de 6 GHz (inclusive em alguns países pode ser uma frequência operada sob licença), nos ambientes externos  a proposta é usar uma função conhecida nos Estados Unidos como Coordenação Automática de Frequência (AFC, da sigla em inglês), por meio da qual um AP valida com um banco de dados se a área em que está implementado possui restrições ao uso de qualquer faixa de frequência na banda de 6 GHz, e, em caso afirmativo, evita operar nas frequências restritas, garantindo que não irá interferir em outros sistemas existentes que têm a frequência atribuída pelo órgão regulador.

Na América Latina, os governos da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Honduras, México, Peru e Porto Rico estão interessados ​​em implementar essa tecnologia e liberar o espectro de 6 GHz para implantação em 2022. Especialistas em tecnologia estão analisando a largura de banda ou realização de consultas públicas que ajudarão a decidir quanto espectro pode ser liberado sem uma licença para a implementação de Wi-Fi 6E. O Chile é o primeiro país a tomar oficialmente a decisão de liberar o espectro para banda larga, enquanto Brasil e Peru devem ser os próximos a fazê-lo.

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*Moisés Montaño é diretor da área de produtos RUCKUS da CommScope nas regiões da América Latina e Caribe