Homem é condenado à prisão por furar pessoas com seringa em pegadinha no TikTok
Por Nathan Vieira • Editado por Melissa Cruz Cossetti | •

Um influenciador foi condenado pelo Tribunal Penal de Paris a 12 meses de prisão, sendo seis meses em regime fechado e seis meses suspensos, após uma série de vídeos de pegadinha, em que fingia aplicar seringas em estranhos nas ruas de Paris. Os vídeos, publicados no TikTok, mostravam o francês Ilan M (conhecido como Amine Mojito) usando uma máscara e se aproximando de pessoas desavisadas, simulando injetar algo nelas com uma seringa. A câmera, operada por um cúmplice, registrava as reações de medo e pânico das vítimas.
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Além da pena de prisão, o influenciador foi condenado a pagar uma multa de €1.500 (aproximadamente R$ 9,3 mil) e ficará proibido de portar ou possuir armas por três anos.
O caso gerou grande indignação pública porque as “pegadinhas” aconteceram durante um período de aumento de denúncias de ataques reais com seringas em festas e eventos na França. Em uma única noite, chegaram a ser registrados 145 casos suspeitos e 12 prisões.
Embora o Ministério Público tenha confirmado que Mojito não chegou a aplicar nenhuma injeção, pois a seringa estava tampada, o contexto agravou a percepção do crime. Segundo a promotoria, o influenciador acabou incentivando comportamentos perigosos, ainda que sem intenção direta.
Durante o julgamento, Ilan M. reconheceu o erro e afirmou ter apenas imitado vídeos semelhantes vistos na Espanha e em Portugal. “Não pensei nos outros, pensei em mim. Não pensei que isso pudesse fazer mal às pessoas. Esse foi meu erro — não pensei nos outros, pensei em mim”, declarou.
Apesar do arrependimento, internautas consideraram a pena leve demais, destacando o risco de inspirar imitadores. “Mesmo com a seringa vazia, o gesto é revoltante”, escreveu um usuário nas redes. O caso dessa pegadinha no TikTok reacende o debate sobre os limites das pegadinhas e o impacto das redes sociais, que continuam a recompensar comportamentos extremos em busca de visualizações e fama.
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Fonte: Libération