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FBI oferece recompensa de US$ 10 mil por pistas sobre dono de site pornô

Por| 25 de Setembro de 2020 às 21h30

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Divulgação: Charles Deluvio/Unsplash
Divulgação: Charles Deluvio/Unsplash

O Departamento Federal de Investigação (Federal Bureau of Investigation ou FBI) anunciou, nesta semana, uma recompensa de US$ 10 mil em dinheiro para qualquer pessoa que fornecer informações relevantes que possam levar à prisão de Michael James Pratt. O neozelandês foi o fundador e administrador do GirlsDoPorn, infame site de conteúdo pornográfico que esteve no ar entre 2009 e janeiro deste ano.

Polêmica, a página continha fotos e vídeos de atrizes amadoras que foram obrigadas a gravar material adulto sob o uso de força bruta, fraude e coerção, conforme uma série de investigações e denúncias das próprias vítimas descreve. Pratt e seus “sócios” publicaram anúncios no Craiglist (famosa plataforma estadunidense similar à OLX) recrutando jovens mulheres para supostas sessões de fotos e gravações sexuais de 30 minutos.

O cachê oferecido era tentador: de US$ 2 mil para fotografias mais simples a US$ 6 mil para vídeos curtos. Uma vez em San Diego, na Califórnia (cidade usada como sede para o esquema), as jovens se deparavam com uma situação bem diferente, sendo obrigadas a realizar tarefas fora do escopo combinado sob ameaças físicas e psicológicas. Algumas gravações chegaram a demorar sete horas e há um caso registrado de estupro.

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Ademais, nas promessas do GirlsDoPorn, era dito que o material seria comercializado exclusivamente via DVDs para “clientes de alto poder aquisitivo” na Europa e na Nova Zelândia; nada a respeito de um site público na web jamais foi citado. Estima-se que a página, por meio de anúncios e venda de “pacotes premium”, tenha gerado mais de US$ 17 milhões de lucro para seus gestores.

Quase 24 mulheres processaram Pratt e a GirlsDoPorn após as experiências traumáticas, e, embora elas tenham ganho mais de US$ 13 milhões em julgamento, o criminoso segue foragido. O site foi retirado do ar em janeiro deste ano. Além de tráfico sexual por força, fraude e coerção, o neozelandês também responde por pedofilia, visto que pelo menos uma das reclamantes era menor de idade.

Fonte: Ars Technica