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5 gafes nas mídias sociais que mostram como a internet não perdoa ninguém

Por| 10 de Setembro de 2016 às 21h25

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5 gafes nas mídias sociais que mostram como a internet não perdoa ninguém
5 gafes nas mídias sociais que mostram como a internet não perdoa ninguém

Talvez você não saiba, mas o trabalho com mídias sociais está mais em voga do que nunca no momento: com a explosão da internet e das próprias redes sociais, muitas personalidades, empresas e até mesmo organizações governamentais acharam nesse tipo de mídia uma forma barata e bastante eficiente de se comunicar.

Mas e quando nem tudo sai como o planejado? Pois é, se a internet sabe como recompensar bem aqueles que acertam, com toda certeza também sabe punir aqueles que erram. Ainda estamos em setembro, mas as gafes presenciadas pela internet em 2016 já ultrapassam fronteiras de todos os tipos, principalmente as do bom senso. Para ilustrar isso, a revista Entrepreneur selecionou alguns dos maiores 'fails' das mídias sociais até o momento; veja só o que podemos aprender com esses erros:

A Coca-Cola e os russos

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(Foto: Divulgação/Coca-Cola)

No final de 2015, a Coca-Cola decidiu desejar à Rússia um ótimo 2016 com um tweet e a imagem acima, mas os russos não gostaram muito. Embora pareça bastante inocente por parte da empresa, o fato deste mapa da Rússia estar desatualizado na imagem incomodou bastante os patriotas. Isto porque a região não representada é a cidade de Kaliningrado, justamente uma das cidades mais importantes para o país.

Kaliningrado se tornou parte da União Soviética em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial. Além de ser vista por muitos como uma influência russa entre os nórdicos, a cidade ainda é a única saída da Rússia para o mar Báltico, que também banha países como a Suécia, Finlândia, Noruega, Bielorrússia, Dinamarca e Polônia.

A reação do público russo foi de tanta indignação que muitos deles publicaram tweets com a hashtag#BanCocaCola. A polêmica ficou ainda mais séria quando um vídeo da mesma campanha mostrava a Rússia sem a região da Crimeia, uma península anteriormente ucraniana e que acabou sendo anexada pelo país em 2014.

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Os paquistaneses falam urdu, e não 'paquistaniano'

(Foto: Divulgação/DC Comics)

Não foi só a Coca-Cola quem teve alguns problemas diplomáticos esse ano: bem no início de 2016, a DC Comics publicou o Anual #2 de Superman & Mulher Maravilha, e para o seu azar, num dos diálogos entre os personagens havia escrito a seguinte nota: "traduzido do paquistaniano", um idioma tão fictício quanto aquele falado em Krypton.

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É claro que a Internet também não perdoou essa, e alguns tweets não só pegaram mal para a imagem da editora como também serviram de publicidade para sua principal concorrente, a Marvel. Um dos tweets mais retweetados durante a polêmica foi o do usuário @thekarachikid, que dizia: "é por isso que a Marvel está ganhando da DC, esta última acha que falamos 'paquistaniano'".

Embora seja intuitivo achar que o Paquistão fala 'paquistaniano', é possível descobrir sem grandes dificuldades que o idioma oficial do país é o urdu, uma língua de influência persa. Apesar de certamente ter aprendido a lição, a editora acabou não se pronunciando sobre o caso, tampouco se desculpando com os paquistaneses.

Clareamento de pele não é garantia de sucesso

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No vídeo já retirado do ar, a atriz Chris Horwang explicava como sua pele branca a tornou tão famosa na Tailândia (Foto: Divulgação/Seoul Secret)

Embora o caso da DC Comics já seja bastante constrangedor, há sempre quem extrapole o que pode ser aceito como uma gafe: também no início deste ano, a companhia de cosméticos Seoul Secret, que é tailandesa, passou a veicular no país uma série de campanhas afirmando que o sucesso profissional estava diretamente ligado aos tons de pele mais claros, e usava dessa afirmação para vender tratamentos estéticos de clareamento.

Extremamente racista para nós do ocidente, a campanha não gerou tanto burburinho do outro lado do globo, isto porque, para a maioria dos países asiáticos, o clareamento de pele é uma intervenção estética bastante comum. Tradicionalmente, inclusive, boa parte dos países orientais ligava a claridade da pele à pureza da alma e, por isso, alguns resquícios desse pensamento continuam presentes até hoje.

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Reprimida publicamente, a Seoul Secret até retirou a campanha do ar, mas continuou promovendo os tratamentos de clareamento.

Tay, o bot preconceituoso da Microsoft

Boa parte dos tweets de Tay eram frases escritas por outros usuários da rede. Neste ela diz que os EUA construirão um muro pago pelo México (Foto: Reprodução/The Verge)

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Às vezes a ciência não deve ser experimentada por todos sem nenhum tipo de supervisão, e a Microsoft aprendeu isso de um modo bem embaraçoso: 'Tay' foi o nome dado a uma tentativa da empresa colocar uma inteligência artificial para aprender com seres humanos na internet, e, como você pode imaginar, não foi necessário nem mesmo um dia para que o experimento da companhia se tornasse um bot racista, sexista e homofóbico.

Como resultado, a IA teve seu desenvolvimento pausado e todos os tweets nada louváveis escritos por ela foram apagados. Apesar de muito bem intencionada, a campanha que pretendia fazer Tay aprender com seres humanos acabou criando uma enorme discussão dentro do desenvolvimento de inteligências artificiais: até que momento podemos garantir que não as tornaremos o pior de nós mesmos?

A partir do que aconteceu com Tay, a grande maioria dos projetos que envolviam a livre interação de seres humanos com IAs mudou as suas regras. A ciência que estuda o deep learning ainda entende que as máquinas precisam aprender sobre o mundo com nós mesmos, mas que isso também exige um pouco de controle e cuidado.

Lucrando com tragédias

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Muitos negócios usam de datas memoráveis como justificativas para promoções e liquidações de estoque, até aí tudo bem, mas e quando uma empresa utiliza o ataque terrorista com o maior número de mortos da história para aumentar suas vendas?

Inacreditável ou não, foi exatamente isso que a Miracle Mattress, uma revendedora de colchões do estado do Texas, fez. No vídeo que você pode ver acima, a gerente da loja, Cherise Bonanno, encoraja os consumidores a lembrarem do 11 de setembro e então comprarem qualquer cama ou colchão pelo preço de uma cama twin size — em inglês, uma clara alusão às Torres Gêmeas — que é como os norte-americanos chamam as camas de solteiro.

Como se não bastasse, ao final do vídeo os dois funcionários atrás de Cherise caem sobre os colchões numa forma de simbolizar a queda das torres, em seguida, a gerente vira-se para a câmera e diz "Nós nunca esqueceremos".

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Obviamente, o texto foi motivo de ódio e discussões nas redes sociais, tanto que a Miracle Mattress removeu todo o conteúdo relacionado à campanha e o dono da companhia, Mike Bonanno, publicou uma carta — que você pode ler aqui, em inglês — pedindo desculpas a todos aqueles que se sentiram ofendidos pelo vídeo estrelado por sua filha. Embora Mike tenha afirmado não saber da filmagem até que ela se tornasse conhecida, poucos foram os que realmente relevaram a questão.

Pior que nos outros casos, o uso de uma tragédia para obter lucro, ou apenas autopromoção é algo que sempre tende mais à falha que ao sucesso. É preciso entender que toda campanha publicitária, independente do seu público-alvo ou meio de transmissão, vai ser analisada por diferentes pontos de vista, e que mesmo sendo aceitável em um determinado contexto social, pode ser amplamente criticada por aqueles que estão fora dele.

Fonte: Entrepreneur