É VERDADE que deixar o carregador na tomada sem o celular consome alguma energia
Por João Melo • Editado por Melissa Cruz Cossetti |

É VERDADE que deixar o carregador na tomada sem estar conectado a um celular ou notebook consome energia. A prática é comum no dia a dia, mas, apesar do consumo, o gasto é muito pequeno.
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Esse consumo de energia se deve ao chamado “consumo fantasma”, que ocorre enquanto o acessório fica em modo standby.
“Os carregadores possuem circuitos eletrônicos, como capacitores, diodos e transistores, que ficam prontos para iniciar o carregamento assim que um dispositivo é conectado. Esse modo de espera é o chamado standby, e, para se manter preparado, o carregador consome uma pequena quantidade de energia”, explica Edval Delboni, professor de engenharia elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).
Consumo de energia impacta a conta de luz?
Apesar de existir consumo quando os carregadores estão plugados na tomada sem conexão com os dispositivos, o gasto é muito pequeno, semelhante ao de televisores e micro-ondas no modo standby.
“No final do mês, o impacto pode variar entre 0,5 e 1,5 quilowatt-hora (kWh), o que é muito pouco, especialmente para uma casa que consome bastante energia”, ressalta Delboni.
Segundo o engenheiro elétrico, considerando o custo aproximado de R$ 1 por kWh, esse consumo representa, no máximo, um acréscimo de R$ 1,50 na conta de luz no final do mês.
O docente pontua, no entanto, que o consumo pode ser um pouco maior caso mais de um carregador permaneça conectado frequentemente à tomada.
Há riscos de acidentes elétricos?
Delboni afirma que o risco de acidentes elétricos com carregadores plugados na tomada sem uso está mais relacionado aos acessórios falsificados, que não passaram pelo processo de homologação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Sem a certificação da agência reguladora, os carregadores falsificados não possuem mecanismos básicos de segurança contra aquecimento excessivo, sobretensão (quando a tensão fornecida é maior do que a capacidade do dispositivo) e curto-circuito.
“Os carregadores de origem confiável e de marcas idôneas controlam a carga da bateria: quando ela está cheia, o carregador desliga automaticamente, eliminando riscos”, conclui o engenheiro elétrico.
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