Publicidade

É VERDADE que astronautas podem voltar mais altos do espaço; veja o quanto em cm

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti |  • 

Compartilhe:
NASA/Bill Ingalls
NASA/Bill Ingalls

É verdade que astronautas podem retornar à Terra mais altos após um período no espaço. A explicação para esse fenômeno está relacionada à gravidade — ou melhor, à ausência dela (microgravidade) fora da atmosfera terrestre.

No ambiente de microgravidade, as vértebras da coluna vertebral tendem a se afastar levemente, o que leva ao alongamento da coluna e, consequentemente, a um aumento da estatura.

De acordo com a NASA, os astronautas podem crescer cerca de 3% ainda nos primeiros três ou quatro dias em ambiente de microgravidade, como a Estação Espacial Internacional (ISS).

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

Contudo, assim que retornam à Terra e a gravidade volta a agir sobre seus corpos, os astronautas geralmente recuperam sua altura original em pouco tempo.

Uma astronauta 3 cm mais alta

Um exemplo de alteração na altura foi verificado com a astronauta da agência espacial norte-americana Kate Rubins, que viajou à Estação Espacial Internacional (ISS) em 2016 a bordo da espaçonave Soyuz MS

Na ocasião, a funcionária da NASA ficou no espaço entre o dia 7 de julho e 30 de outubro de 2016 e retornou à Terra cerca de três centímetros mais alta: partiu com 1,71 metro e voltou com 1,74 metro.

Atrofia muscular e perda de massa óssea

Pessoas que passam longos períodos no espaço também podem apresentar graus variados de atrofia muscular. Isso ocorre porque, em microgravidade, os astronautas flutuam quase o tempo todo, o que exige menos esforço muscular do que na Terra.

Outro efeito comum é a perda acelerada de densidade óssea. Enquanto um idoso na Terra tende a perder cerca de 1% de massa óssea ao longo de um ano, um astronauta pode perder essa mesma quantidade em apenas um mês no espaço.

Continua após a publicidade

Para minimizar esses efeitos, os astronautas realizam mais de duas horas de exercícios físicos diários durante as missões, utilizando bicicleta ergométrica, esteira e equipamentos que simulam levantamento de peso.

Alterações nos fluidos corporais

A ausência de gravidade também afeta a circulação dos fluidos corporais.

De acordo com a NASA, é comum que esses fluidos — como o sangue — se acumulem na região da cabeça. Isso pode causar inchaço do nervo óptico, achatamento da parte posterior do olho, dobras na retina e até aumento de volume cerebral.

Continua após a publicidade

Essa combinação de alterações é conhecida como Síndrome Neuro-Ocular Associada a Voos Espaciais (SANS) e pode provocar sintomas como visão embaçada.

Leia mais: 

VÍDEO | O QUE É STARLINK?

Continua após a publicidade

Fonte: NASA (1, 2); El País