Brasil tem mais de 4 milhões de casos de fake news no segundo trimestre
Por Rafael Arbulu | •
É hora de redobrar a atenção no conteúdo que você compartilha pela internet: um levantamento recente produzido pelo dfndr lab — o laboratório de cibersegurança da PSafe — aponta que, puxados pelas regiões Sudeste e Nordeste, os casos de fake news detectados pela empresa no Brasil aumentaram em 51,7% neste segundo trimestre em relação ao primeiro. Estamos falando de 4,4 milhões de casos de notícias falsas sendo compartilhadas em um período altamente volátil, dada a iminência das eleições presidenciais de outubro deste ano.
A PSafe diz que os assuntos que lideram o compartilhamento de notícias duvidosas são “atalhos” para ganhar dinheiro de forma fácil e rápida, informações erradas sobre celebridades e influenciadores e notícias falsas sobre política. O levantamento aponta que o Sudeste concentra a maior parte dos casos (48,3%), seguida pela região Nordeste (27,9%) e Sul (8,9%).
“Assim como outros tipos de ciberataques, a produção de fake news não para de crescer e, com a aproximação do período de eleições, o aumento deve ser ainda mais expressivo”, comenta Emilio Simoni, diretor do dfndr lab. “Como toda ameaça, quanto mais elaborado e próximo da realidade for o conteúdo, há mais probabilidade de que atinja um alto número de acessos e compartilhamentos na rede. Contudo, é possível aprender a identificá-las verificando pontos como tom alarmista, conteúdo sensacionalista, uso de especialistas desconhecidos, site desconhecido, entre outros”.
O laboratório aponta como fator desse aumento de casos detectados a evolução na “qualidade” das fake news. Antigamente, textos continham erros ortográficos e de concordância bastante claros, ou o design da página hospedada era “quebrado” ou copiado de sites oficiais, mas com URL adulterada. Esses ainda são sinais que devem ser buscados, mas sem deixar de incorporar no seu arsenal de atenção as recomendações mencionadas acima.