Bets no Brasil | Dados revelam o perfil de quem aposta e bilhões em faturamento
Por João Melo • Editado por Melissa Cruz Cossetti |
A Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda (SPA-MF) divulgou, nesta terça-feira (26), informações detalhando o perfil dos apostadores no Brasil. O levantamento mostra também o faturamento bilionário das bets.
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O raio X das bets foi divulgado cerca de seis meses após a regulamentação do mercado de apostas no país e revelou que 17,7 milhões de brasileiros realizaram apostas em sites e aplicativos das 76 bets autorizadas pela SPA a oferecer apostas de quota fixa.
De acordo com Regis Dudena, secretário de Prêmios e Apostas do MF, o balanço com esses primeiros dados concretos é fundamental para sair das estimativas e revelar a realidade do mundo das apostas no país.
“A partir daqui, o debate sobre o mercado de apostas de quota fixa no Brasil poderá se dar com elementos ainda mais sólidos, propiciando avançarmos com a regulação com base em evidências”, destacou o secretário em comunicado.
Perfil dos apostadores
O primeiro relatório semestral do Sistema Geral de Gestão de Apostas (Sigap) — órgão vinculado ao Ministério da Fazenda — aponta que, dos 17,7 milhões de brasileiros que apostam, 71% são homens e 28,9% são mulheres.
O levantamento também revelou informações relacionadas às faixas etárias dos apostadores brasileiros:
- 31 a 40 anos: 27,8%;
- 18 a 25 anos: 22,4%;
- 25 a 30 anos: 16,9%;
- 41 a 50 anos: 16,9%;
- 51 a 60 anos: 7,8%;
- 61 a 70 anos: 2,1%.
O Sigap divulgou ainda que a média de gasto por apostador ativo é de cerca de R$ 983 por semestre — ou R$ 164 por mês.
Faturamento das empresas de apostas
O faturamento total das bets autorizadas — conhecido como Gross Gaming Revenue (GGR) — no primeiro semestre de 2025 foi de R$ 17,4 bilhões. Esse valor refere-se ao total de apostas feitas no período, descontadas as premiações pagas aos apostadores.
No mesmo período, a arrecadação da Receita Federal foi de aproximadamente R$ 3,8 bilhões. Esse valor representa os tributos federais pagos pelas empresas, como IRPJ, CSLL, PIS/Cofins e contribuição previdenciária, além dos 12% destinados a ações sociais previstos na Lei 14.790/23, que totalizaram R$ 2,14 bilhões.
“Nosso objetivo é, a partir de agora, fazer divulgações periódicas da atuação da SPA e da evolução do mercado de apostas de quota fixa no Brasil, cumprindo o compromisso deste governo com a transparência e, sobretudo, prestando contas à sociedade acerca das responsabilidades do Estado e dos atores privados”, ressaltou o secretário Regis Dudena.
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Fonte: Ministério da Fazenda