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Anatel aprova requisitos técnicos para novo padrão de Wi-Fi

Por| 01 de Março de 2021 às 13h50

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Divulgação/TP-Link
Divulgação/TP-Link
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Na última semana, o Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou os requisitos técnicos do Wi-Fi 6E, o novo padrão de redes sem fio. Relator da proposta, o conselheiro Carlos Baigorri destacou em sua apresentação que este novo padrão de Wi-Fi trará ganhos como maiores taxas de transmissão, melhor experiência de múltiplo acesso, canais de 160 Mhz e menor consumo de energia.

Aprovado por unanimidade, a decisão do colegiado em relação ao Ato nº 14.448/2017, determinou que os Requisitos Técnicos para a Avaliação da Conformidade de Equipamentos de Radiocomunicação de Radiação Restrita será atualizado e passará a contemplar equipamentos que operam na faixa de 5.925 MHz a 7.125 MHz. A medida está alinhada às novas tecnologias emergentes, que prometem aos usuários evolução em qualidade e em diversidade dos serviços usufruídos por meio de dispositivos sem fio.

Pensando na faixa de 6GHz

A Anatel decidiu não estabelecer limite de largura de canal para o Wi-Fi 6E, anteriormente proposto em 320 MHz, visando implementações futuras na faixa de 6 GHz. Ainda de acordo com a proposta aprovada, os equipamentos com potência muito baixa não são restritos ao uso indoor, devido à baixíssima potência estabelecida nos requisitos técnicos. Nos limites propostos, esses equipamentos podem conviver com outros serviços da faixa de 6 GHz, sendo permitida a alimentação por baterias. Com isso, haverá melhor experiência, além de redução de custos.

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Com a decisão da agência, será possível habilitar a operação do Wi-Fi 6E em todo seu potencial: os usuários poderão ter a melhor experiência de conectividade, tanto em dispositivos indoor quanto em equipamentos de potência muito baixa. Além disso, ao alinhar os requisitos técnicos à prática internacional, é possível minimizar os custos de entrada dos produtos no mercado nacional, ao evitar customização específica para o País (avaliação da conformidade técnica).

Em relação aos tipos de equipamento de radiação restrita nessa faixa, serão permitidas diferentes condições para ponto de acesso indoor (de baixa potência) / ponto de acesso subordinado, equipamento cliente de ponto de acesso indoor e equipamento com potência muito baixa.

Para pontos de acesso indoor (de baixa potência)/pontos de acesso subordinado são vedados a alimentação por baterias, a proteção contra intempéries e o uso de antenas não integradas às suas estruturas. Essas restrições buscam assegurar o uso dos equipamentos apenas dentro de edificações, de modo a evitar interferências com serviços em caráter primário.

Contribuição com o PIB

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Estudos internacionais indicam que, no caso brasileiro, o valor econômico associado à destinação de 1.200 MHz na faixa de 6 GHz acumulado entre 2021 e 2030 – quando equipamentos, soluções e serviços baseados na tecnologia WiFi 6E poderão estar disponíveis no mercado nacional – será de US$ 112,14 bilhões em contribuição para o PIB; de US$ 30,03 bilhões em excedente do produtor para as empresas brasileiras; e de US$ 21,19 bilhões em excedente do consumidor à população brasileira.

A Anatel afirma ainda que essa decisão servirá para acelerar o processo de transformação digital, criando condições favoráveis ao desenvolvimento social e econômico do Brasil. A proposta aprovada pelo Conselho Diretor esteve em consulta pública durante 45 dias e contou com amplo debate técnico no Comitê de Uso do Espectro e de Órbita e com a sociedade.