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Vítimas do voo MH17 são usadas em golpes com cartões de crédito e Facebook

Por| 21 de Julho de 2014 às 17h10

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Não há limites para a ação de criminosos nos dias de hoje. Após o voo MH17 da Malaysia Airlines ter sido abatido enquanto sobrevoava o espaço aéreo ucraniano, vários relatos dão conta de que não só os pertences das vítimas foram subtraídos do local, como também contas falsas no Facebook estão sendo criadas para aplicar golpes.

A sirene vermelha de alerta foi acionada pelo ministro ucraniano Anton Gerashchenko que, através do seu perfil no Facebook, disse que "caçadores de mortos" estavam vasculhando o local do desastre em busca de dinheiro, jóias e cartões de créditos das vítimas do Boeing-777 abatido na última quinta-feira (17).

Na publicação, o político alerta os parentes para que eles entrem em contato com as instituições financeiras e peçam para que todos os cartões e contas das vítimas sejam congeladas. "Ao que tudo indica, eles podem tentar usá-los na Ucrânia ou até mesmo na Rússia", disse Gerashchenko antes de se desculpar pelo ocorrido.

Em reação às declarações, o Dutch Banking Association divulgou um comunicado no qual afirma que quaisquer prejuízos financeiros serão cobertos pela instituição aos familiares das vítimas. "A boa notícia é que os cartões de débito sem a senha são praticamente inúteis", diz o banco no comunicado. "Apesar disso, quaisquer prejuízos provenientes do uso dos cartões das vítimas serão restituídos aos familiares", finalizou.

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De acordo com a Australian Broadcasting Corporation, o que se vê no local onde os destroços do avião caíram é suficiente para afirmar que realmente houve uma ação organizada de crimonosos que vasculharam e levaram os pertences das vítimas. "Parece mesmo que alguém o fez [vasculhou os pertences]. Realmente parece que houve algum tipo de saque aqui, pois todas as bolsas e malas foram abertas", disse o site australiano. "É algo bastante angustiante diante de todo esse desastre", lamentou.

Quem também lamentou o comportamento dos bandidos foi o primeiro ministro holandês Mark Rutte. Em um pronunciamento no domingo (20), Rutte taxou a atitude dos criminosos de "repugnantes". "Estou chocado com as imagens de completo desrespeito no local da tragédia. Há pessoas andando livremente entre os destroços portando pertences que claramente são das vítimas. Isso é extremamente repugnante", disse o primeiro ministro.

As imagens a que Rutt se refere foram captadas pelo jornal britânico The Telegraph. Nelas, é possível ver a desolação do local bem como malas e bolsas abertas e completamente reviradas.

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Como se não fosse suficiente, a ação dos criminosos não ficou restrita ao local do desastre e se espalhou para o mundo virtual. Segundo o Canberra Times, pelo menos cinco contas falsas foram criadas no Facebook com o nome das vítimas do voo que seguia para Kuala Lumpur. Nelas, os cibercriminosos exploram o desastre com a promessa de vídeos exclusivos do desastre que, quando clicados, acabam redirecionando os curiosos para sites cheios de pop-ups e propagandas.

O objetivo, claro, é lucrar com o crescente número de acessos patrocinados pela curiosidade alheia. "Esses bandidos são extremamente ágeis hoje em dia e se aproveitam praticamente de todas as tragédias para monetizá-las", disse Alastair MacGibbon, diretor do Centro de Segurança da Internet da Universidade de Canberra. "É algo realmente desagradável". As páginas em questão já foram desativadas pela rede social, que aparentemente está engajada em coibir a ação dos cibercriminosos.

Página criada para explorar o desastre do voo MH17 usa nome de uma das vítimas e promete vídeo exclusivo do momento em que o avião foi abatido e veio ao chão. Ao clicar no link, vítimas são redirecionadas para sites cheios de pop-ups e arquivos maliciosos (Imagem: Reprodução)

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Apesar da pronta ação tomada pelo site, são grandes as chances de vermos a ideia se espalhar mundo afora nos próximos dias. Então já fica aqui o alerta para que todos fiquem espertos e evitem clicar em qualquer link suspeito que venha a aparecer na newsfeed do Facebook, linha do tempo do Twitter e em mensagens de e-mail suspeitas.