Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

China tem mais gente para monitorar internet do que soldados no exército

Por| 09 de Outubro de 2013 às 11h40

Link copiado!

Divulgação
Divulgação

Se você ainda duvida que a China tem um dos serviços de internet mais controlados e assistidos do mundo, é melhor pensar duas vezes. Lá, dois milhões de pessoas são pagas para monitorar e vasculhar comentários e conteúdos digitais que estejam direta ou indiretamente ligados ao governo e empresas privadas.

Esse número é maior que a quantidade de soldados militares em atividade no país, que totalizam 1,5 milhão. De acordo com o Mashable, criou-se uma nova categoria de indústria dedicada ao controle da rede na China, que contrata profissionais para ficar de olho nos mais de 500 milhões de usuários da web - a maior população online do mundo.

Basicamente, os monitores de internet realizam buscas diárias por palavras-chave nas redes sociais e nos sites liberados no país para evitar instabilidade política. Qualquer comentário considerado ofensivo aos governantes é filtrado e, se for lido mais de cinco mil vezes ou compartilhado mais de 500 vezes, o responsável pode ser condenado a até três anos de prisão.

Redes como Facebook e Twitter foram proibídas na China nos últimos anos. Em outubro de 2012, o governo também bloqueou o The New York Times após a publicação acusar Wen Jiabao, ex-primeiro-ministro chinês, de ter acumulado uma enorme fortuna enquanto esteve no governo. Em janeiro deste ano, o jornal afirmou que hackers chineses tentavam atacar seus computadores "persistentemente".

Continua após a publicidade

O novo "mercado" de policiais da internet cresce a todo vapor. Neste mês, o Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, fará um seminário de quatro dias onde os alunos que mais se destacarem por suas tarefas poderão ganhar um certificado que os qualifica a assumir cargos de "analistas de opinião pública" no governo. Os locais de trabalho incluem o departamento de propaganda da China, empresas comerciais, sites de notícias ou companhias de relações públicas.