BlueSky, "sucessor espiritual do Twitter", ganha 1 milhão de usuários em 3 dias
Por Léo Müller | •

O BlueSky anunciou ter ganhado 1 milhão de novos usuários nos últimos três dias, dando a entender que a imensa maioria dos novatos é composta por brasileiros que tiveram que abandonar o X, antigo Twitter.
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A informação foi confirmada pelo perfil oficial do BlueSky na própria rede social, com texto em inglês e português, acompanhado por um meme dizendo que o app agora é brasileiro.
A rede social de Elon Musk foi bloqueada em todo o País neste fim de semana após o bilionário se recusar a cumprir múltiplas ordens judiciais e demitir toda sua equipe no Brasil.
Além do BlueSky, outra rede social que prospera com o bloqueio é o Threads, que já acumula inúmeras postagens de órfãos do X/Twitter relatando terem feito a migração. Contudo, a Meta, sua criadora, não revelou números relacionados à "invasão" de brasileiros neste fim de semana.
Sucessor espiritual do X/Twitter
O BlueSky é considerado o “sucessor espiritual” do X/Twitter por ter uma interface bastante similar à plataforma de Elon Musk e ter sido criado por Jack Dorsey.
Dorsey foi o principal fundador do Twitter, que começou suas atividades em 2006. A rede social foi comprada por Elon Musk em 2022, que decidiu tornar a plataforma mais permissiva em termos de moderação de conteúdo. Em 2024, Musk deixou de cumprir diversas ordens judiciais do Supremo Tribunal Federal, emitidas pelo ministro Alexandre de Moraes, que acabou ordenando o bloqueio do site na última sexta (30), conforme prevê o Marco Civil da Internet.
Já na madrugada de sábado, as operadoras de telecomunicações brasileiras começaram a bloquear o domínio do X/Twitter, impedindo que os endereços x.com e twitter.com fossem resolvidos na internet brasileira.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é responsável por fazer a ordem de Moraes ser aplicada, mas como são mais de 20 mil operadoras no País, determinadas regiões ainda podem acessar a rede social de Elon Musk. A Anatel informa que isso se deve a dificuldades técnicas enfrentadas por operadoras menores para lidar com o procedimento de bloqueio, considerado complexo.
Fonte: BlueSky