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Sucesso do Sora 2 é um problema: “estão gerando muito mais do que esperávamos"

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti | 

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André Magalhães/Canaltech
André Magalhães/Canaltech

Os recursos do Sora 2, incorporados ao aplicativo Sora, caíram rapidamente no gosto dos usuários, que não param de criar vídeos com inteligência artificial (IA). Mas esse sucesso também traz desafios, levando Sam Altman a afirmar que os internautas “estão gerando muito mais do que esperávamos”.

A fala do CEO da OpenAI, empresa responsável pelo app de criação de vídeos com IA generativa, foi publicada em seu blog (blog.samaltman.com) no dia 3 de outubro, cerca de três dias após o lançamento do Sora — anunciado em 30 de setembro.

O problema relacionado ao ritmo de produção de conteúdos tem relação direta com questões financeiras. De acordo com Altman, é necessário encontrar formas de gerar receita para a criação dos vídeos, que ainda são disponibilizados a públicos restritos.

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“As pessoas estão gerando muito mais do que esperávamos por usuário, e muitos vídeos estão sendo criados para públicos muito pequenos”, afirmou o CEO da OpenAI.

Gasto de energia com a geração de vídeos de IA

Diversos fatores contribuem para a necessidade de atrair recursos para o Sora. Um deles é o alto custo energético envolvido na geração de vídeos com inteligência artificial.

Um artigo publicado em maio de 2025 pelo MIT Technology Review (technologyreview.com), com análises de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), investigou a pegada energética de recursos de IA, incluindo a criação de vídeos.

A pesquisa apontou que, para produzir um vídeo de cinco segundos com a IA chinesa CogVideoX, é consumido cerca de 1 kWh, o suficiente para manter um forno micro-ondas ligado continuamente por uma hora.

Portanto, a alta demanda por geração de vídeos no Sora resulta em um consumo significativo de energia. Quando esse consumo é atrelado ao custo de operação dos data centers responsáveis pelo funcionamento do modelo, os gastos totais aumentam ainda mais.

Valores destinados a detentores de direitos autorais

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Outro gasto que deve ser incluído em breve nas contas da OpenAI em relação ao app, é com as empresas que detém os direitos autorais de personagens que são usados dentro da plataforma para criar os conteúdos. 

Inicialmente, a companhia informou que a plataforma permitiria que usuários utilizassem conteúdos protegidos, a menos que os detentores das obras optassem explicitamente por bloqueá-los.

Mas, na publicação do blog, Altman destacou que os donos da propriedade intelectual dos personagens terão maior controle sobre seu uso na rede social. Uma das medidas apresentadas pelo CEO é destinar às empresas parte dos valores obtidos com a geração de vídeos.

“Tentaremos compartilhar parte dessa receita com os detentores de direitos que desejam que seus personagens sejam gerados pelos usuários. O modelo exato exigirá algumas tentativas e ajustes, mas planejamos começar em breve”, escreveu o executivo.

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Segundo Altman, a expectativa é que tanto um novo modelo de engajamento que entregue os vídeos a mais usuários, quanto a participação na receita dos conteúdos, se tornem cada vez mais valiosos. Mas não está definido como a empresa atrairá os valores que serão repassados às companhias.

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Fonte: Blog Sam AltmanMIT Technology Review