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Sakana AI | IA promete pesquisar e criar artigos científicos

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Reprodução/Freepik
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A empresa japonesa Sakana AI divulgou um modelo de linguagem capaz de executar todas as tarefas de uma pesquisa científica, desde experimentos até a produção de artigos científicos. O modelo, chamado AI Scientist (“Cientista de IA”, em tradução livre), usaria técnicas de aprendizado de máquina para gerar os resultados.

Informações sobre o AI Scientist foram publicadas em um artigo conjunto da Sakana com pesquisadores do laboratório Foerster de pesquisa de Ia da Universidade de Oxford, na Inglaterra, e com os cientistas Jeff Clune e Cong Lu, da University of British Columbia, no Canadá.

A Sakana AI diz que o modelo “automatiza todo o ciclo de vida da pesquisa ao gerar ideias, escrever qualquer código necessário, executar experimentos, resumir resultados de testes, visualizá-los e apresentar as descobertas num manuscrito científico completo”. Segundo a empresa, a ideia é imitar o processo humano da comunidade científica com potencial para “democratizar a pesquisa e acelerar significativamente o progresso científico”.

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Da pesquisa até a publicação

A empresa destaca a atuação do AI Scientist em quatro processos principais: geração de ideias, iteração experimental, redação do artigo e revisão automática. 

No primeiro caso, o modelo de IA faz um brainstorm de possíveis ideias de pesquisa a partir de um template inicial — vale reforçar que a ferramenta é mais usada para pesquisas de software e programação, que envolvem geração de código. A IA tem liberdade para explorar qualquer direcionamento possível e pode propor diferentes ideias na etapa inicial.

Depois, a segunda fase envolve fazer testes sobre cada uma das hipóteses formuladas na etapa anterior. A ferramenta coleta todos os dados de cada teste e salva as informações mais cruciais para criar o artigo.

A terceira etapa é a criação do artigo em si, com base em todas as descobertas obtidas nos processos anteriores. Por fim, o AI Scientist revisa o texto automaticamente e avalia o artigo com “precisão próxima de um humano”, segundo a empresa. As análises podem ser usadas no próprio artigo ou servem como forma de feedback para a IA.

Limitações e barreiras éticas

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O modelo ainda não foi disponibilizado ao público e passa apenas por usos internos, mas a empresa já destacou algumas limitações da ferramenta. O AI Scientist não consegue corrigir possíveis problemas visuais, como tabelas e informações ilegíveis.

A ferramenta também pode cometer alucinações (quando a IA inventa ou distorce informações). Além disso, a empresa aborda possíveis implicações éticas para o futuro, como o potencial para mau uso, como sobrecarregar o processo acadêmico com o envio de muitos artigos gerados por IA.