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Reconhecimento facial da polícia de Londres erra em 81% dos casos

Por| 05 de Julho de 2019 às 21h53

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Reconhecimento facial da polícia de Londres erra em 81% dos casos
Reconhecimento facial da polícia de Londres erra em 81% dos casos

A primeira avaliação independente do sistema de reconhecimento facial usado pela polícia de Londres mostra um dado preocupante: de acordo com o estudo, os sistema de reconhecimento facial possui uma taxa de erro de assombrosos 81%.

O estudo, conduzido pela Universidade de Essex, analisou todos os casos onde o sistema de reconhecimento foi usado pela polícia para apreender pessoas desde a instalação dele, em 2016. O estudo descobriu que, das 42 pessoas que foram identificadas pelo sistema, apenas oito estavam mesmo na lista de procurados da polícia. E, considerando que nesse período 10 suspeitos foram levados a julgamento por terem sido identificados por essas câmeras, isso quer dizer que pelo menos duas pessoas inocentes foram obrigadas a passar por todo o processo criminal de prisão.

Desde 2016, a polícia de Londres utiliza o sistema de identificação facial Neoface da NEC que, com base nas câmeras de vigilância da cidade, promete reconhecer suspeitos foragidos e identificá-los para as autoridades. Apesar do estudo da Universidade revelar como o sistema é ineficiente, a polícia de Londres discorda dele, e afirma que possui provas de que o sistema possui uma margem de erro de apenas um em cada mil identificações — mas não revela para ninguém o estudo completo ou até mesmo a metodologia usada para se chegar a esse número.

O estudo da Universidade de Essex deixa claro que um dos principais pontos dos críticos deste tipo de sistema de reconhecimento está correto: o fato deles ainda não terem a precisão necessária para serem tratados como provas criminais. Por isso mesmo, no mês passado a cidade de São Francisco proibiu o uso de qualquer tipo de ferramenta de reconhecimento facial por seus órgãos de segurança. E, enquanto esses sistemas não forem realmente acurados, esse deverá ser um caminho tomado por departamentos de polícia em todo o mundo.

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Fonte: MIT Technology Review