OpenAI | Mais gente usa o ChatGPT para a vida pessoal do que para o trabalho
Por João Melo • Editado por Melissa Cruz Cossetti |

O ChatGPT conta com cerca de 700 milhões de usuários ativos semanalmente em todo o mundo. Juntas, essas pessoas enviam aproximadamente 2,5 bilhões de mensagens por dia ao chatbot — o que equivale a cerca de 29 mil mensagens por segundo. A maioria dessas interações está relacionada à vida pessoal, e não às atividades profissionais.
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É o que mostra um relatório (nber.org) elaborado por colaboradores da OpenAI — responsável pelo ChatGPT — em parceria com o National Bureau of Economic Research e pesquisadores da Universidade de Duke e da Universidade de Harvard.
Segundo o artigo, enquanto 70% das interações com a ferramenta de inteligência artificial (IA) dizem respeito à vida pessoal dos usuários, 30% das consultas têm como objetivo auxiliar nas tarefas de trabalho.
“O fato de o uso não relacionado ao trabalho estar crescendo mais rápido sugere que os ganhos de bem-estar da IA generativa podem ser substanciais”, escreveram os pesquisadores no artigo.
Tópicos das conversas e objetivos dos usuários
O relatório aponta que os temas mais comuns nas consultas ao ChatGPT são: Orientação Prática, Escrita e Busca por Informações. Juntos, esses tópicos representam aproximadamente 78% de todas as mensagens.
Entre os que usam a IA no trabalho, a escrita responde por cerca de 42% das mensagens relacionadas às atividades profissionais. Em dois terços desses casos, os pedidos envolvem modificar textos do usuário, em vez de produzir conteúdos do zero.
Já a programação de computadores corresponde a 4,2% das mensagens, enquanto relacionamentos e reflexão pessoal aparecem em 1,9% das consultas.
Os pesquisadores também classificaram as interações em três categorias, de acordo com o tipo de resultado esperado: Perguntar, Fazer ou Expressar.
“Cerca de 49% das mensagens são pedidos de orientação, conselho ou informação (Perguntar); 40% são solicitações para executar tarefas que se encaixam em um processo (Fazer); e 1% não têm intenção clara (Expressar)”, destaca o artigo.
Dados demográficos do uso do ChatGPT
O estudo também traz informações demográficas sobre quem usa o chatbot no dia a dia:
- Gênero: em janeiro de 2024, 37% dos usuários tinham nomes tipicamente femininos. Esse percentual subiu para 52% em julho de 2025;
- Idade: usuários entre 19 e 25 anos representam 46% da base e tendem a usar a IA mais para consultas pessoais;
- Geografia: o crescimento mais rápido foi observado em países de renda baixa e média, onde o PIB per capita varia entre US$ 10 mil e US$ 40 mil;
- Educação: 46% das mensagens ligadas ao trabalho vêm de usuários com diploma de bacharel, e 48% de pessoas com pós-graduação;
- Ocupação: profissionais em cargos altamente remunerados são os mais propensos a usar o ChatGPT no contexto de trabalho.
“No contexto profissional, descobrimos que os usuários parecem obter valor ao usar o ChatGPT como consultor ou assistente de pesquisa, e não apenas como uma tecnologia que executa tarefas diretamente. Ainda assim, o ChatGPT provavelmente melhora a produtividade ao fornecer apoio à tomada de decisões, especialmente em empregos intensivos em conhecimento, nos quais a eficiência cresce conforme aumenta a qualidade das escolhas”, ressalta o relatório.
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