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OpenAI explica como planeja começar a fazer dinheiro com vídeo gerado pelo Sora

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti | 

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Divulgação/OpenAI
Divulgação/OpenAI

Na última quinta-feira (30), a OpenAI anunciou que o Sora, sua ferramenta de geração de vídeos por IA, passará a ter limites de uso gratuito e oferecer pacotes pagos para quem quiser produzir mais conteúdo, um movimento que marca o início da estratégia da empresa para transformar o Sora em fonte de receita. O anúncio foi feito por Bill Peebles, diretor do Sora, via X.

Na publicação, Peebles reconheceu que a demanda surpreendeu a empresa. “Ficamos muito impressionados com o quanto nossos usuários avançados querem usar o Sora, e a economia está completamente insustentável no momento”, afirmou. Segundo ele, a equipe acreditava que 30 gerações gratuitas por dia seriam mais do que suficientes, mas viu que estava errada.

Além de justificar a mudança, ele explicou que o novo modelo busca atender justamente esses usuários mais intensivos, permitindo que paguem para continuar criando. “Isso permitirá que nossos criadores profissionais tenham todo o uso que estiverem dispostos a pagar”, escreveu.

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Peebles também deixou claro que a cobrança é o início de uma estratégia mais ampla. “Este é um passo em direção a uma nova economia do Sora”, disse. A ideia é permitir que detentores de direitos possam, no futuro, cobrar pelo uso de personagens e pessoas em vídeos gerados, um caminho para que criadores também monetizem. “Em breve, vamos testar a monetização, priorizando pessoas e empresas que entraram cedo na plataforma”, afirmou.

Sora deixa de ser totalmente gratuito

Com a mudança, todos os usuários (gratuitos e assinantes) passam a ter 30 vídeos diários. Se quiser continuar produzindo, o usuário poderá pagar US$ 4 por um pacote com dez gerações extras. Já assinantes do plano Pro poderão utilizar até 100 vídeos por dia, reforçando o foco em profissionais de conteúdo.

A decisão indica que a fase experimental do Sora chegou ao fim. O modelo começa agora a operar como produto comercial, e como parte de uma estratégia financeira mais ampla para sustentar os custos elevados do sistema.

Outra frente anunciada pela OpenAI é o recurso de avatares digitais. O usuário poderá criar uma versão de si mesmo ou de um personagem próprio para aparecer em vídeos e controlar seu uso. A função abre espaço para um mercado de licenciamento de imagem dentro da plataforma, inaugurando uma espécie de “economia de avatares”.

No Brasil, Sora deve chegar já monetizado

O Sora ainda não está disponível no Brasil, mas a cobrança já é realidade no ecossistema da OpenAI. Na semana passada, o ChatGPT passou a ser cobrado em reais no país: o plano Plus, que antes passava de R$ 110 com IOF ao converter dos EUA, agora custa R$ 99,90. Planos Go e Pro também já estão disponíveis com tabela local.

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Com o Sora entrando na fase paga, a OpenAI deixa claro que a era das ferramentas avançadas totalmente gratuitas está acabando. A empresa mira sustentabilidade e monetização enquanto avança no desenvolvimento de IA e reforça que a criatividade ilimitada agora tem limite, e preço.

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Fonte: Business Insider, Digital Trends