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O olhar da ciência | Como a Inteligência Artificial nos protegerá no futuro

Por| 06 de Abril de 2018 às 13h13

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O olhar da ciência | Como a Inteligência Artificial nos protegerá no futuro
O olhar da ciência | Como a Inteligência Artificial nos protegerá no futuro

* Por Fernando Guerra

Milhões de pessoas cruzam as grandes metrópoles todos os dias, inclusive indivíduos que não deveriam – criminosos foragidos ou suspeitos procurados pelas autoridades policiais. Mesmo com as câmeras de videomonitoramento espalhadas por diversos cantos da cidade e em praticamente todos os estabelecimentos comerciais, a análise das imagens se atém às ações e não à identificação. Segundo o relatório da IHS, em 2020 serão 190 milhões de câmeras espalhadas pelo mundo, gerando um montante de dados e imagens que nenhum operador humano conseguirá monitorar sozinho.

Nesse cenário, a resposta para essa equação parte de uma ciência que até pouco tempo estava mais próxima à ficção do que à realidade: Inteligência Artificial (IA). Baseada em Deep Learning, ou seja, redes neurais artificiais que são compostas de muitas camadas que imitam o mecanismo do cérebro para interpretar dados, as soluções de IA puderam expandir os limites da segurança por vídeo. A aprendizagem profunda melhora a precisão de algoritmos de reconhecimento facial, de emoções, cor de cabelo, gênero, idade ou acessórios, o que por si já valeriam os investimentos. No entanto, vai além, o sistema passa a ter capacidade de análise inteligente e simultânea em uma cena de larga escala, com mais de 300 pessoas.

É essa pequena revolução tecnológica que permite com que a tecnologia de análise de vídeos saísse de dentro dos estabelecimentos e ganhasse as cidades. Na China, por exemplo, está em uso o maior e mais moderno sistema de vigilância do mundo, que usa o reconhecimento facial para identificar os cidadãos – e, desta maneira, prender criminosos e suspeitos. Os equipamentos reconhecem o rosto das pessoas e associam com as informações registradas, como o carro que utiliza, núcleo familiar e até as pessoas com que se encontra frequentemente. A ideia é que o sistema seja proativo e não apenas reativo, que previna crimes e não apenas ajude a esclarecê-los.

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No final do ano passado, a Dahua Technology apresentou uma plataforma que reúne computador, switch, armazenamento, computação AI, lógica de negócios em uma única caixa. A solução suporta a análise facial de 130 milhões de pessoas por dia, 800 canais de estruturação de vídeo em tempo real, realiza a comparação entre rostos em tempo real de 20 bilhões de pessoas por segundo, tudo isso para atender às necessidades de uma população metropolitana de até 10 milhões de habitantes. Por exemplo, se as autoridades precisam encontrar um suspeito que é um homem de meia-idade com guarda-chuva vermelho, eles podem pesquisar palavras-chave como "guarda-chuva vermelho", "homem", "30 a 50 anos" e assim por diante. O sistema AI pode realizar uma pesquisa rápida e, portanto, economizar muito trabalho manual.

Cada vez mais a guerra contra a criminalidade passa a utilizar menos armas de fogo e mais a inteligência para desmanchar quadrilhas, antecipar ataques, e gerar provas contra criminosos. E apesar dos obstáculos e dificuldades que a tecnologia possa enfrentar, as tendências são otimistas. O avanço no reconhecimento de objetos e veículos humanos causou um impacto significativo nas aplicações de segurança e o próximo passo poderá ser o de integrar o reconhecimento de voz, que é uma assinatura única assim como as impressões digitais.

As Cidades Inteligentes começam a ser moldadas e um olhar para o futuro nos garante que a segurança será um dos maiores ganhos para todos os cidadãos – dentro e fora de casa.

* Fernando Guerra é diretor comercial de projetos da Dahua Technology