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Mecanismos de busca com IA citam sites que não aparecem no top 100 do Google

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti |  • 

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Com a crescente adoção de mecanismos de busca com IA, pesquisadores estão descobrindo que esses sistemas tendem a citar sites menos populares, muitos dos quais sequer aparecem no top 100 do Google. Um estudo publicado na ArXiv comparou resultados tradicionais do Google com os resultados gerados por suas versões de IA, como Google AI Overviews, Gemini-2.5-Flash e GPT-4o com Search Tool. Os testes incluíram perguntas da base WildChat, tópicos políticos do AllSides e produtos do top 100 da Amazon.

O estudo mostrou que os mecanismos de busca com IA tendem a citar fontes de sites menos conhecidos, muitas vezes fora do top 1.000 ou até mesmo do top 1.000.000 de domínios rastreados. No caso do Google AI Overviews, 53% das fontes citadas não aparecem entre os 10 primeiros links do Google para o mesmo termo de pesquisa, e 40% nem aparecem no top 100.

Apesar de citarem sites menos populares, os resultados de busca com IA apresentaram um número semelhante de conceitos e informações detalhadas em comparação com os links tradicionais. Modelos GPT, por exemplo, frequentemente usam fontes corporativas e enciclopédicas, evitando redes sociais.

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No entanto, pesquisas geradas por IA tendem a “comprimir” informações, podendo omitir aspectos secundários ou ambíguos, enquanto os resultados orgânicos oferecem melhor cobertura em casos de termos ambíguos.

Vantagens e limitações da IA

Uma vantagem dos mecanismos de busca com IA é a capacidade de combinar informações de fontes externas com conhecimento interno pré-treinado. GPT-4o com Search Tool, por exemplo, frequentemente fornece respostas diretas sem citar nenhum site. Por outro lado, isso pode ser uma limitação quando se busca informações atualizadas: para consultas sobre tópicos recentes, o modelo às vezes pede mais detalhes ao invés de buscar online.

O estudo não determinou se a IA é melhor ou pior do que buscas tradicionais, mas destacou a importância de novas formas de avaliar mecanismos de busca generativos, considerando diversidade de fontes, cobertura conceitual e capacidade de síntese de informações.

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Fonte: ArXiv