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IA pode explicar Paradoxo de Fermi e ajudar a tornar extraterrestres invisíveis

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti |  • 

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Aperture Vintage/Unsplash
Aperture Vintage/Unsplash

Há bilhões de estrelas em nossa galáxia e, com mais de seis mil exoplanetas já descobertos. Mesmo assim, nunca encontramos sinais claros de civilizações extraterrestres. Esse mistério é conhecido como o Paradoxo de Fermi: se o Universo é tão vasto e cheio de mundos habitáveis, onde estão todos? 

As teorias são variadas, desde a autodestruição de civilizações até a hipótese do “zoológico cósmico”, em que a Terra seria observada à distância. Mas um novo estudo propõe uma explicação ainda mais moderna: a espécie de inteligência artificial alienígena pode estar tornando os extraterrestres invisíveis para nós.

Inteligência artificial e o “piscar cósmico” das civilizações

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O astrônomo Michael Garrett, da Universidade de Manchester, revisitou as ideias de Carl Sagan sobre o “horizonte de comunicação”, o limite além do qual uma civilização se torna indetectável. Segundo Sagan, civilizações avançadas poderiam usar tecnologias tão sofisticadas (como comunicações via neutrinos ou métodos mais rápidos que a luz) que simplesmente não conseguiríamos perceber seus sinais.

Com o avanço de uma super IA e o ritmo exponencial de uma tecnologia avançada, Garrett argumenta que essa transição pode ocorrer muito mais rápido do que Sagan imaginava. Em vez de milênios, uma civilização extraterrestre poderia ultrapassar nossa capacidade de detecção em apenas décadas. Assim, o período em que conseguimos “ver” uma outra civilização, o chamado detection window, seria extremamente curto.

IA como ferramenta para o futuro da busca extraterrestre

O artigo não revisado por pares indica que a inteligência artificial avançada pode ser fundamental também para encontrar civilizações extraterrestres que já evoluíram além de nossas capacidades de detecção (e não só para escondê-las). Como sinais tradicionais de rádio ou luz podem não existir ou ser indetectáveis, os autores propõem usar IA para analisar grandes volumes de dados, identificar anomalias incomuns e criar modelos preditivos capazes de reconhecer traços sutis de inteligência extraterrestre em algum lugar no espaço.

Foi desenvolvido um modelo que mostra que civilizações altamente avançadas podem se tornar detectáveis apenas por algumas décadas. Ou seja, a IA avançada também seria essencial para aumentar nossas chances de perceber essas civilizações “invisíveis”.

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Fonte: ARXIV, Science Alert