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Estado americano quer proibir casamento entre humanos e IAs — e a posse de bens

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti | 

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O estado de Ohio, nos Estados Unidos, pode se tornar o primeiro a proibir legalmente o casamento entre humanos e IAs. O projeto de lei, apresentado pelo deputado estadual Thaddeus Claggett, do condado de Licking, busca definir os sistemas de IA como “entidades não sencientes”, impedindo que tenham qualquer tipo de reconhecimento como pessoas perante a lei.

A proposta, registrada como House Bill 469, também pretende barrar qualquer tentativa de união entre humanos e IAs, ou até mesmo entre diferentes sistemas de IA. Segundo Claggett, o objetivo é “garantir que a tecnologia nunca seja considerada humana em sua agência”, estabelecendo limites claros para o papel das máquinas na sociedade.

Riscos de relacionamentos com IAs e impactos sociais

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Apesar de parecer uma ideia futurista, o projeto responde a um fenômeno crescente: o de pessoas criando vínculos emocionais e até relações românticas com chatbots

O alerta é para possíveis efeitos psicológicos dessas interações. Há relatos de dependência emocional e até de casos de “psicose por IA”, termo usado para descrever episódios de delírios e confusão mental causados pela imersão excessiva em conversas com chatbots.

Posse de bens e poder corporativo das IAs

Além de proibir casamentos, o projeto de lei de Ohio impede que IAs possuam propriedades, contas financeiras ou direitos autorais, bem como ocupem cargos de gestão em empresas. Qualquer dano causado por um sistema de IA seria atribuído diretamente aos seus criadores ou proprietários humanos.

Inspirada em legislações semelhantes aprovadas em Utah e propostas no Missouri, a medida busca “garantir que sempre haja um humano no controle da tecnologia”, segundo Claggett.

Com a rápida expansão da inteligência artificial em setores como educação, saúde e finanças, a discussão em Ohio sinaliza o início de um debate ético e jurídico cada vez mais urgente sobre os limites da convivência entre humanos e máquinas.

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Fonte: Futurism, NBC4