Designers usam IA do Photoshop para "expandir" pinturas e capas icônicas
Por Igor Almenara • Editado por Douglas Ciriaco | •
A função Generative Fill do Photoshop faz bem mais do que facilitar a edição de imagens no programa da Adobe. Recentemente, editores e entusiastas de inteligência artificial descobriram que a ferramenta alimentada pelo Adobe Firefly pode ser usada para "expandir" artes icônicas e capas de álbuns famosos.
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Vários dos resultados do experimento foram compartilhados no Twitter e são, no mínimo, bastante curiosos. Entre as imagens ampliadas estão álbuns clássicos, como Thriller (Michael Jackson) e Nevermind (Nirvana), e obras de arte icônicas, como Mona Lisa (Leonardo Da Vinci) e Terraço do Café na Praça do Fórum (Van Gogh).
À primeira vista, os complementos gerados por inteligência artificial impressionam: o Generative Fill consegue replicar a paleta de cores e o padrão visual da imagem real, além de adicionar tudo à obra como se fosse uma coisa só. Porém, não leva muito tempo até perceber bizarrices e erros nas partes criadas pela máquina.
Artes famosas reimaginadas por IA
Em pinturas abstratas, borrões e defeitos são ainda mais indistinguíveis, mas os olhares mais atentos logo notarão defeitos e imprecisões que jamais seriam cometidos se fossem produzidas por artistas humanos.
Um exemplo está na pintura Uma Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte, de Georges Seurat: a obra original é composta por pessoas, animais, crianças e outros elementos. A ferramenta da Adobe até consegue compor algumas partes ausentes (tronco de árvores, pernas e nuvens), mas tudo ao redor é praticamente irreconhecível, apesar de imitar a técnica de pintura a óleo.
Nos álbuns de música, o cenário é semelhante e os resultados das entradas do criador Alexander Dobrokotov são engraçados. Na capa do álbum Teenage Dream (Katy Perry), a artista aparece deitada nos pelos de um gato gigante, e a arte de Master of Puppets (Metallica) virou um bolo de frutas vermelhas.
Experimento intrigante
Apesar das falhas, o experimento mostra que o Adobe Firefly é eficiente em interpretar as figuras apresentadas e consegue se inspirar no estilo artístico para complementá-las. Os resultados podem não ser dignos de aparecer em exposições artísticas ou paredes por aí, mas são interessantes para observar os limites da geração de imagens por computador.
Você mesmo pode brincar com a ferramenta no Photoshop Beta: basta baixar a versão experimental do editor de imagens da Adobe, subir a imagem que deseja expandir, fazer a seleção inversa dela e clicar em Generative Fill. Obviamente, é necessário ter uma licença da Adobe paga para experimentar.