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Cultura digital: Unicef debate uso de IA e TICs por crianças e adolescentes

Por| 12 de Março de 2020 às 18h40

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MarTech Today
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Aconteceu na última segunda e terça-feira, dias 9 e 10 de março, o workshop Artificial Intelligence and Children, promovido pelo Unicef e sediado pelo Nic.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR) por meio do Cetic.br (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação).

O objetivo do evento é debater sobre os desafios e necessidades dos diferentes setores da sociedade na América Latina e no Caribe, com foco nos direitos das crianças e dos adolescentes, citando a formulação e implementação da inteligência artificial. No debate, os participantes também buscaram identificar soluções para impulsionar as políticas públicas em relação aos direitos desses jovens, reunindo também contribuições regionais.

Demi Getschko, do Nic.br, conta que a associação sem fins lucrativos ter abrigado o evento mostra o interesse em "participar ativamente do debate sobre os impactos da inteligência artificial". Enfatizou também a importância de pesquisas que avaliam o uso da internet por crianças e adolescentes, além da necessidade de colaboração de entidades e países nessa discussão.

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Cristine Hoepers, do Cert.br e Nic.br, alertou que as novas tecnologias estão em desenvolvimento constante e que os jovens precisam entender o que está associado a elas, buscando as melhores formas de identificar seus benefícios e riscos, garantindo sua proteção.

"A comunicação entre os setores governamental e empresarial é essencial para desenvolvermos usos mais eficientes de IA em que os jovens possam aproveitar ao máximo suas oportunidades e mitigar seus riscos", disse ainda Steven Vosloo, do Unicef, afirmando que o mundo corporativo precisa entender que os jovens podem usar produtos que não tenham sido direcionados ao seu público-alvo, sendo então importante a participação deles no desenvolvimento da inteligência artificial.

Florence Bauer, representante do Unicef no Brasil, contou no evento que há a necessidade de mais foco na infância e na adolescência no desenvolvimento de projetos de inteligência artificial. "É necessário endereçar essas questões quanto às crianças e adolescentes, para que eles possam realmente se beneficiar das oportunidades que essa tecnologia traz", diz.

O Unicef apresentou, por meio da consultora Virginia Dignum, seus princípios que envolvem respeitar e promover os direitos das crianças e dos adolescentes, de modo que sejam transparentes e de fácil entendimento pelos jovens, para que eles sejam capazes de ter controle de suas próprias informações.

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De acordo com relatório do estudo Infância e adolescência na era digital - um relatório comparativo dos estudos Kids Online do Brasil, Chile, Costa Rica e Uruguai, o acesso à internet domiciliar pelo celular é o mais difundido nestas regiões. Isso representa uma forma de inclusão parcial de crianças e adolescentes, mas que têm acesso restrito a outros tipos de plataformas.

Ainda segundo os dados do estudo, nas últimas décadas, o investimento em infraestrutura digital na educação primária e secundária vem sendo significativo em países da América Latina, principalmente nos que foram citados na pesquisa. Sendo assim, o uso de tecnologias no sistema educacional se torna uma oportunidade de ajudar crianças e adolescente em frente aos desafios, tomando conta das chances que possam aparecer graças à cultura digital.

Para Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br, a escola pode cumprir um papel importante para a democratização das oportunidades tecnológicas. "Assim, é fundamental que os docentes desenvolvam habilidades de ensino para realizar uma mediação ativa dessas tecnologias nas salas de aula", completa.