ComplexChaos | Startup acredita que a IA pode ajudar as pessoas a se entenderem
Por Nathan Vieira • Editado por Melissa Cruz Cossetti | •

A startup ComplexChaos acredita que a inteligência artificial pode ser usada para aproximar pessoas em processos de tomada de decisão. Segundo os fundadores, Tomy Lorsch e Maya Ben Dror, a ideia é simples: utilizar a IA como um facilitador capaz de ajudar grupos a encontrar pontos em comum e acelerar negociações complexas.
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O ChatGPT já vem sendo utilizado para arbitrar discussões e ajudar a vencer uma discussão. Enquanto ferramentas como Slack ou Google Docs apoiam a colaboração, a ComplexChaos foca em algo diferente: a cooperação. Esse processo, normalmente conduzido por mediadores humanos, costuma ser lento, especialmente quando envolve pessoas em diferentes fusos horários ou ambientes. A proposta da startup é usar modelos de linguagem avançados para encurtar esse caminho.
Testes em negociações climáticas
Um dos primeiros casos de uso foi aplicado em negociações climáticas com jovens delegados de nove países africanos durante um encontro em Bonn, Alemanha. A solução da ComplexChaos incorporou recursos do Habermas Machine, criado pelo Google, e do ChatGPT, da OpenAI, para formular perguntas, estruturar metas de discussão e resumir documentos extensos.
O resultado foi promissor: os participantes relataram até 60% de redução no tempo de coordenação e 91% afirmaram que a ferramenta os ajudou a enxergar novas perspectivas que, de outra forma, poderiam ter sido ignoradas. Isso mostra o potencial da IA em ampliar a representatividade de vozes minoritárias dentro de debates.
Aplicações no setor corporativo
Além do campo diplomático, a ComplexChaos também mira no setor privado. Processos como o planejamento estratégico anual de grandes empresas podem se beneficiar da tecnologia. Segundo os fundadores, discussões que hoje levam meses poderiam ser resolvidas em semanas com o suporte da IA, reduzindo atritos e acelerando decisões.
Para Lorsch e Ben Dror, o maior entusiasmo está no impacto positivo em negociações climáticas e de sustentabilidade. Se a inteligência artificial conseguir simplificar e encurtar processos decisórios, será possível enfrentar de forma mais eficiente os grandes desafios globais, do clima à economia.
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Fonte: Tech Crunch