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"Bullying não é inovar" | Amazon exige que Perplexity bloqueie Comet em seu site

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti | 

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Reprodução/Comet
Reprodução/Comet

A Amazon apresentou uma solicitação formal para que a Perplexity proíba os usuários do Comet, seu navegador de inteligência artificial (IA), de acessarem o e-commerce da big tech. A empresa de IA classificou a ação como uma forma de “bullying”, alegando que a medida busca “bloquear a inovação”.

Uma das principais características de navegadores como o Comet — que incluem também ferramentas como o GPT Atlas, da OpenAI — é o recurso de navegação assistida, no qual o agente artificial pode tanto encontrar quanto comprar produtos em sites como a Amazon.

Em uma carta enviada no dia 31 de outubro, a Amazon afirma que a Perplexity estaria se recusando a operar de forma transparente com seu navegador de IA, ocultando suas atividades dentro do e-commerce.

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Além disso, a big tech alega que a empresa de IA não tem autorização para acessar seu site por meio das contas de usuários e a acusa de violar leis federais e estaduais dos Estados Unidos voltadas à criminalização de acessos não autorizados a computadores e plataformas online.

A Amazon também ameaçou entrar com ações legais contra a companhia responsável pelo Comet caso ela não cumpra as exigências de impedir que o navegador de IA opere em suas plataformas.

Perplexity relata “ameaça agressiva”

De acordo com a Perplexity, o recebimento de uma “ameaça agressiva” da empresa do CEO Andy Jassy solicitando a proibição do uso do navegador em seu site vai contra o interesse dos usuários em ter uma experiência mais eficiente na jornada de compra.

“A Amazon deveria adorar isso. Comprar com mais facilidade significa mais transações e clientes mais satisfeitos. Mas a Amazon não se importa. Ela está mais interessada em exibir anúncios, resultados patrocinados e influenciar as decisões de compra com vendas adicionais e ofertas confusas”, escreveu a responsável pelo Comet em comunicado.

Na sequência, a companhia afirmou que a aquisição de produtos com o auxílio de agentes de IA é uma “evolução natural” na experiência online dos consumidores, e garantiu que vai defender o direito de exercê-la.

Vale destacar que clientes da Amazon nos Estados Unidos e em alguns países da Europa contam, desde 2024, com o Rufus — uma IA própria da empresa que compara produtos e sugere itens aos usuários, a fim de otimizar a experiência de compra.

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Amazon cita experiência de compra prejudicada

Em resposta ao posicionamento da Perplexity, a Amazon destacou que aplicativos que oferecem recursos de compra em nome de clientes devem operar de forma transparente e respeitar a decisão dos provedores de serviços sobre participar, ou não, da experiência de navegação.

A big tech acrescentou que essas práticas ajudam a garantir uma boa experiência de compra, citando como exemplo apps de entrega de comida e agências de viagem online que reservam passagens para clientes.

“Aplicativos de terceiros com agentes, como o Comet da Perplexity, têm as mesmas obrigações. Solicitamos repetidamente que a Perplexity remova a Amazon da experiência Comet, principalmente em razão da experiência de compra e do atendimento ao cliente significativamente prejudicados que ela proporciona”, afirmou a Amazon.
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Fonte: Amazon (1, 2); Perplexity