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Tag minúscula pode ser a solução para identificar produtos falsificados

Por| 24 de Fevereiro de 2020 às 09h00

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MIT
MIT

Combater a falsificação de dispositivos é uma das grandes preocupações da indústria da tecnologia, principalmente considerando que, cada vez mais, a cada dia surgem novos produtos eletrônicos. Uma das soluções para isso seriam tags de identificação, que têm se tornado uma forma muito eficaz de autenticar credenciais na frente da segurança da privacidade. A aplicação na proteção da propriedade intelectual com chave física é o sonho de muitas companhias, algo que agora está mais perto de acontecer graças a uma invenção do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês).

Bem, atualmente, as tags de identificação por radiofrequência (RFID, na sigla em inglês) são grandes demais para caber em pequenos objetos, como componentes médicos e industriais, peças automotivas ou chips de silicone. Além disso, possuem proteções muito frágeis contra invasões, e as que vêm com esquemas de criptografia para proteger contra a clonagem e hackers são grandes e exigem muita energia.

Assim, reduzir esses itens significa abrir mão do pacote de antenas — que permitem a comunicação por radiofrequência — e a capacidade de executar uma criptografia forte. Em um artigo apresentado na IEEE International Solid-State Circuits Conference (ISSCC), os pesquisadores descrevem um novo componente de identificação que resolve essas questões.

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Tag ID do MIT é minúscula e opera com luz

Segundo o MIT, sua tag de identificação mede somente um milímetro e funciona com níveis relativamente baixos de energia, fornecidos por diodos fotovoltaicos. Ela também transmite dados em faixas distantes, usando uma técnica de retroespalhamento sem energia que opera a uma frequência centenas de vezes maior que os RFIDs.

A inovação do componente é uma matriz de pequenas antenas que transmitem dados para frente e para trás via retroespalhamento entre a tag e o leitor. O retroespalhamento, usado geralmente nas tecnologias RFID, acontece quando uma tag reflete um sinal de entrada de volta para um leitor com pequenas modulações, que correspondem aos dados transmitidos. Nesse sistema, as antenas usam algumas técnicas de divisão e mistura de sinal para retroespelhar os sinais na faixa de tera-hertz.

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Esses sinais primeiro se conectam ao leitor e depois enviam os dados para criptografia. Pequenos orifícios nas antenas permitem que a luz do leitor passe para os fotodiodos, que ficam logo abaixo. Estes, por sua vez, convertem a luz em cerca de 1 volt de eletricidade, o suficiente para acionar o processador do chip, que executa o esquema de "criptografia de curva elíptica" (ECC, na sigla em inglês). O ECC usa uma combinação de chaves privadas (conhecidas apenas pelo usuário) e chaves públicas (amplamente divulgadas), otimizadas por algoritmos para manter as comunicações em sigilo.

A tecnologia já é barata e fácil de fabricar. Resta agora saber se essas tags serão mesmo traduzidas em uma prova de autenticação de produtos originais no mundo real.

Fonte: MIT News