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Pesquisadores criam novo método para extrair lítio da água

Por  • Editado por  Douglas Ciriaco  | 

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twenty20photos/Envato
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Pesquisadores do Pacific Northwest National Laboratory (PNNL), nos EUA, desenvolveram um novo método capaz de extrair metais da água. Eles usaram nanopartículas magnéticas que conseguem separar o líquido de minerais importantes como o lítio.

Segundo os cientistas, essas nanopartículas são cercadas por um invólucro que retém moléculas em sua superfície, prendendo o lítio e outros metais encontrados na água que, normalmente, estão associados a vários processos industriais como em usinas geotérmicas.

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“Essa tecnologia oferece uma alternativa promissora aos métodos convencionais de extração que bombeiam água subterrânea para grandes lagoas de evaporação. Esses processos podem levar meses ou até anos e impactar a gestão aquífera em regiões áridas onde são implantados”, explica o engenheiro químico Jian Liu, autor principal do estudo.

Metal na água

Esse sistema de extração pode ser aplicado em salmouras geotérmicas ou na água proveniente do subsolo durante a produção de petróleo e gás. As nanopartículas magnéticas também podem ser usadas em afluentes de usinas de dessalinização, ou diretamente na água do mar.

Com a adição de minúsculas partículas à base de ferro na água, o lítio se prende a essas nanopartículas, tornando possível a sua extração com a utilização de um ímã em apenas alguns minutos. Depois que esse metal é retirado do meio aquoso, as nanopartículas podem ser recarregadas e usadas novamente.

“Métodos convencionais de extração de metais funcionam, basicamente, como uma jarra de limonada em que é preciso esperar a água evaporar para retirar a mistura em pó que se deposita no fundo do recipiente, prolongando o tempo de coleta e encarecendo o processo”, acrescenta Liu.

Além do lítio

Os pesquisadores do PNNL pretendem personalizar o invólucro das nanopartículas magnéticas para que elas consigam separar outros elementos e minerais importantes, usados atualmente na geração de energia, em dispositivos médicos e na fabricação de equipamentos eletrônicos.

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Eles começaram a testar esses sistemas de extração personalizados para obter césio e antimônio de uma usina geotérmica instalada na Nova Zelândia. A ideia é retirar esses elementos de salmouras subterrâneas, evitando que eles sejam descartados como rejeitos industriais.

“Embora nosso processo esteja longe de ser confundido com a magia proposta pelos alquimistas, essa abordagem é notável e oferece uma forma viável de extrair minerais importantes de maneira rápida e barata, sem prejudicar o meio ambiente”, encerra Jian Liu.