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Painéis coloridos podem dar novo visual a sistemas de energia solar

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 22 de Agosto de 2022 às 12h31

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Reprodução/ACS
Reprodução/ACS

Pesquisadores da Sociedade Americana de Química (ACS), nos Estados Unidos, desenvolveram painéis solares coloridos capazes de produzir energia elétrica de forma tão eficiente quanto células fotovoltaicas tradicionais, geralmente fabricadas na cor preta.

Segundo os cientistas, os vidros fotônicos dão aos painéis solares tons mais agradáveis, permitindo que eles sejam utilizados não apenas no topo de telhados ou em fazendas produtoras de energia limpa, mas também em fachadas de edifícios residenciais e comerciais.

“Os painéis solares são tipicamente de um tom preto profundo porque seu trabalho é absorver luz. Para não atrapalhar esse processo, a melhor alternativa é utilizar fontes estruturais de cor que aproveitam formas microscópicas para refletir apenas uma porção muito estreita e seletiva da luz, como as escamas das asas das borboletas”, explica o engenheiro de materiais Tao Ma, coautor do estudo.

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Mais cor, por favor

Em vez de usar a cor preta tradicional nos painéis fotovoltaicos, os pesquisadores criaram um material estrutural barato e fácil de aplicar que, além de manter a capacidade de geração de energia elétrica das células, também proporciona uma aparência mais agradável.

Para conseguir esse efeito colorido, a equipe pulverizou uma fina camada de um composto conhecido como vidro fotônico nas superfícies de todas as células solares, criando uma espécie de película que pode ser transformada em qualquer cor do espectro luminoso visível.

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“Esse vidro fotônico é feito de uma camada fina e desordenada de esferas microscópicas dielétricas de sulfeto de zinco. Embora a maior parte da luz possa passar por ele, as cores podem ser refletidas de volta dependendo do tamanho dessas bolas”, acrescenta Ma.

Cores selecionadas

Durante os testes realizados em laboratório, os pesquisadores construíram painéis solares utilizando tons de azul, verde e roxo. Ao aplicarem essas três cores diferentes, eles notaram uma redução real de apenas 1,1% na capacidade de geração de eletricidade da célula fotovoltaica.

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Outro fator importante descoberto pelos cientistas é que os painéis fabricados com essa tecnologia mantiveram sua cor e desempenho mesmo depois de passarem pelos testes de durabilidade, provando que o sistema pode ser aplicado na produção de células solares em grande escala.

“Nossa ideia agora é explorar novas maneiras para tornar as cores mais saturadas, aumentando a quantidade de tonalidades que podem ser utilizadas na construção de painéis fotovoltaicos mais eficientes e personalizáveis, conforme o projeto arquitetônico no qual serão usados”, encerra Tao Ma.