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Fibra óptica pode ajudar a detectar terremotos em breve

Por| 24 de Outubro de 2017 às 09h00

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Fibra óptica pode ajudar a detectar terremotos em breve
Fibra óptica pode ajudar a detectar terremotos em breve

O desenvolvimento dos cabos de fibra ópticas representaram uma grande evolução para que os sistemas de comunicação pudessem se conectar em alta velocidade, e, sem dúvida alguma, mudar o futuro da internet. Mas agora pesquisadores da Universidade de Stanford encontraram mais uma função realmente importante para esses cabos: detectar terremotos.

Além de fornecer internet rápida para milhões de pessoas, as características desses cabos permitem analisar as vibrações causadas por tremores na crosta terrestre. Segundo Biondo Biondi, professor de geofísica da instituição, a fibra óptica pode até mesmo apontar "informações sobre direção e magnitude dos abalos sísmicos".

"Podemos ouvir continuamente, e bem, a Terra usando os cabos de fibra ópticas que já existem e foram instalados para fins de telecomunicações", observou Biondi.

A grande vantagem desse novo método é o custo-benefício. Apesar dos sismômetros tradicionais serem mais sensíveis, eles são mais caros e difíceis para instalar e manter. "Cada metro de fibra óptica em nossa rede atua como um sensor, e custa menos de um dólar para instalar", disse o professor.

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Stanford mantém um observatório sísmico de fibra óptica desde setembro de 2016, quando registrou e catalogou mais de 800 eventos sísmicos. O observatório não só conseguiu detectar desastres a milhares de quilômetros de distância, como os recentes terremotos no México, como também foi capaz de capturar sinais de pequenos tremores locais, incluindo alguns terremotos com magnitudes de apenas 1,6 e 1,8. E isso pode demonstrar que "o observatório sísmico de fibra óptica pode distinguir corretamente entre diferentes magnitudes de terremotos", avalia Biondi. 

A intenção dele é provar que o sistema funciona em larga escala e expandir as medições além das áreas próximas ao campus da Universidade de Stanford.

Fonte: Digital Trends