Exército dos EUA testa arma a laser capaz de abater drones em pleno voo
Por Gustavo Minari | Editado por Douglas Ciriaco | 26 de Agosto de 2021 às 12h28
Armas a laser, como nos filmes de ficção científica, podem se tornar realidade em breve. O Exército dos EUA testou um novo sistema chamado Directed Energy Maneuver Short-Range Air Defense (DE M-SHORAD) capaz de abater drones e outras aeronaves com raios de 50 quilowatts de potência.
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O armamento montado em veículos blindados concentra os feixes de luz na fuselagem do equipamento inimigo, causando falha aerodinâmica, colapso dos motores, danos aos sensores internos e até mesmo detonando suprimentos de combustível e cargas explosivas.
“Nosso objetivo é entregar protótipos que os soldados possam usar conforme a missão exige. Um projeto centrado no soldado é uma parte fundamental para reduzir o risco e garantir um sistema de armas operacionalmente eficaz”, afirma a diretora adjunta do Departamento de Hipersônica do Exército, Marcia Holmes.
Derretendo ameaças
O design do DE M-SHORAD aproveita o motor à gasolina do veículo de combate Stryker para energizar suas baterias, um sistema de refrigeração e o laser. Esse dispositivo autônomo de eletricidade consegue lidar com várias ameaças ao mesmo tempo, sem precisar de recarga das células de energia.
O feixe de luz de 50 quillowatts é capaz de perfurar a blindagem de drones e aeronaves maiores, derretendo componentes eletrônicos para abater a artilharia inimiga em pleno voo, sem a necessidade de foguetes teleguiados ou morteiros lançados de bases fixas no campo de batalha.
“Esses sistemas de energia direcionada são mais econômicos do ponto de vista do ciclo de vida útil de armamentos bélicos, tornando-os uma ferramenta estratégica para eliminar ameaças a um custo muito baixo”, comenta o vice-diretor do Escritório de Projetos de Energia do Exército, Craig Robin.
Guerra futurista
Apesar de o Exército dos EUA ser a força militar mais poderosa do mundo, essa é a primeira arma a laser projetada para derrubar possíveis ameaças aéreas em situações de combate. Pode até parecer um exagero tecnológico inspirado em Star Wars, mas a utilização de drones como armas letais de ataque aumentou consideravelmente nos últimos anos.
China, Rússia e os próprios Estados Unidos investem milhões em armamentos não tripulados, capazes de atacar tropas inteiras a quilômetros de distância. Não é difícil imaginar que a “guerra do futuro” será travada na tela de um computador, com robôs no lugar de soldados e drones fazendo o trabalho de aviões.
“Estamos entregando uma capacidade totalmente nova — não é uma modificação ou uma atualização. É diferente de qualquer outro sistema que o Exército norte-americano tenha implementado até hoje e a ideia é que ele esteja em pleno funcionamento a partir de 2022”, prevê o Coronel Scott McLeod, gerente do projeto.
Fonte: US Army