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Equipamento sensível à luz pode ajudar no tratamento do lúpus

Por  • Editado por Douglas Ciriaco | 

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Reprodução/University of Minnesota
Reprodução/University of Minnesota

Pesquisadores da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, desenvolveram um dispositivo médico capaz de detectar sintomas de lúpus e outras doenças sensíveis à luz. O equipamento impresso em 3D pode ser colocado diretamente na pele do usuário, fornecendo um feedback em tempo real.

Segundo os cientistas, esse sensor de luz aumenta as chances de tratamento, permitindo o acesso a informações personalizadas sobre cada paciente para determinar possíveis causas e quais são os principais sintomas atribuídos a determinados tipos de doença.

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“A sensibilidade à luz é comum em pessoas com lúpus. Entre 40% e 70% dos pacientes com essa doença apresentam piora dos sintomas com a exposição à luz solar ou artificial em ambientes fechados, como erupções cutâneas, dores nas articulações e fadiga”, explica o professor de dermatologia David Pearson, coautor do estudo.

Sensível à luz

O protótipo desenvolvido pelos cientistas foi totalmente impresso em 3D e equipado com um detector flexível de raios ultravioleta que pode ser aplicado diretamente na pele. Esse dispositivo é integrado a um console portátil capaz de monitorar e correlacionar a exposição à luz aos sintomas da doença.

Em vez de emitir luz, o equipamento vestível capta elementos do espectro luminoso visível e os converte em sinais elétricos que podem ser medidos conforme uma escala de variações. O dispositivo também possui várias camadas de materiais feitos à base de silicone biocompatível, eletrodos e filtros ópticos.

“Esses filtros podem ser trocados dependendo do comprimento de onda da luz que precisa ser avaliado. Nós usamos óxido de zinco para coletar a radiação ultravioleta e convertê-la nos sinais elétricos que correspondem a diversos tipos diferentes de doenças sensíveis à luz”, acrescenta Pearson.

Testes em humanos

A equipe de Minnesota já recebeu autorização para iniciar os testes em seres humanos. O objetivo é avaliar se o dispositivo fotossensível funciona no mundo real, preservando a capacidade de detecção do espectro luminoso em situações diárias de uso, seja em ambientes fechados ou ao ar livre.

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Segundo os pesquisadores, o processo de impressão 3D do equipamento tem um custo relativamente baixo, o que pode facilitar o acesso a diagnósticos mais rápidos e tratamentos personalizados conforme o tipo de doença e a gravidade dos sintomas apresentados.

“O sonho seria ter uma dessas impressoras 3D em consultórios, com médicos podendo ver um paciente e avaliar quais comprimentos de onda de luz interferem na doença. A partir daí, imprimir um dispositivo 100% personalizado conforme as necessidades de cada um”, encerra o professor David Pearson.