Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Bill Gates investe em microrrobôs que operam pacientes de dentro para fora

Por| 21 de Fevereiro de 2019 às 10h01

Link copiado!

Bill Gates investe em microrrobôs que operam pacientes de dentro para fora
Bill Gates investe em microrrobôs que operam pacientes de dentro para fora

Adivinha quem está investindo grana em tecnologia de ponta na medicina? Sim, ele: Bill Gates, aquele que já investiu até em uma privada que recicla cocô e transforma em energia. Por mais que tenha parecido irônico, não foi essa a nossa intenção. Gates é um bilionário que continua pensando fora da caixa e ampliando seus horizontes, realizando e incentivando inovações e sempre conquistando holofotes na mídia por suas ideias criativas — ou apoiando as ideias de outras pessoas.

O ex-CEO da Microsoft acredita que a medicina e a microrrobótica podem andar de mãos dadas e serem aprimoradas ao ponto de cirurgias serem realizadas de dentro para fora. Tanto que, nesta semana, ele aplicou US$ 10 milhões de seu "próprio bolso" (pelo fundo Gates Frontier) numa tecnologia que combina minúsculos robozinhos com realidade virtual.

Cirurgias minimamente invasivas a distância

Robôs podem ter várias formas, tipos e tamanhos. O novo conceito procura fazer com que minúsculos dispositivos quebrem barreiras e criem uma nova técnica cirúrgica com potencial de atuar em vários campos da medicina, de forma minimamente invasiva. O conceito explora a possibilidade de se operar um paciente fazendo a menor incisão abdominal possível, mesmo que a lesão esteja em níveis profundos ou dentro de órgãos.

Continua após a publicidade

Por meio de um corte pequeno, o cirurgião seria capaz de inserir um microrrobô no organismo do paciente, e, a partir de então, guiá-lo até o local da cirurgia com a ajuda da realidade virtual.

Os robôs teriam dois braços minúsculos e uma cabeça, que poderiam ser controlados pelo médico. É como se o dispositivo fosse uma miniatura do cirurgião que o controla, com a cabeça servindo para "enxergar" o local da cirurgia (equipada com câmeras) e os braços funcionando como as mãos do cirurgião.

Já que o médico, dessa forma, faz a cirurgia indiretamente, os avanços na tecnologia poderiam, inclusive, fazer com que ele operasse a distância, como uma variação expoente da telemedicina. Claro que, para isso, seria necessário ter uma internet ultrarrápida, com a menor latência possível.

Continua após a publicidade

Pequenos, mas não microscópicos

De acordo com Adam Sachs, cofundador da idealizadora Vicarious Surgical, os robôs seriam miniaturas de cirurgiões, mas não tão pequenos a ponto de percorrerem vasos sanguíneos ou as entranhas mais profundas do paciente. "Estamos trabalhando em maneiras de miniaturizar a robótica e transferir a técnica cirúrgica do médico para o interior da cavidade abdominal". Isso ajudaria a reduzir os custos de cirurgias maiores e torná-las mais acessíveis, já que grandes cirurgiões não precisariam viajar (muito menos os pacientes) para realizar os procedimentos.

"Se você liberar o movimento dentro da cavidade abdominal, não ficará limitado ao tamanho da incisão", explica Sachs. Segundo ele, os médicos ficam muito restritos ao tamanho dos cortes, o que acaba dificultando o campo de visão e limitando certos movimentos.

Segundo a Vicarious Surgical, com o investimento de Gates, a tecnologia agora está mais próxima de seu objetivo: transformar grandes cirurgiões em miniaturas e quebrar a barreira da distância, tornando os procedimentos mais acessíveis a mais locais no mundo.

Continua após a publicidade

Fonte: TechCrunch, Vicarious Surgical