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Satélite da Venezuela "morreu" antes do previsto porque painéis solares falharam

Por| 31 de Março de 2020 às 15h59

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MINCYT
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Uma falha nos painéis solares foi a causa da perda do primeiro e único satélite estatal de comunicação da Venezuela, o VeneSat-1, também conhecido como Simon Bolívar. Ele permaneceu ativo durante cerca de 12 anos, colocando no ar os serviços estatais de televisão e internet.

O problema começou a ocorrer por volta do dia 13 de março, quando o satélite deixou de fornecer a cobertura, e os rastreadores de satélite das empresas norte-americanas AGI e ExoAnalytic Solutions avistaram o VeneSat-1 indo para uma órbita incomum. É que os operadores deste satélites estavam realizando duas manobras para realocá-lo acima do cinturão geoestacionário, uma órbita a cerca de 36.000 km acima do equador.

Mais tarde, o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) da Venezuela comunicou que o Venesat-1 estava com uma falha que deixou fora do ar os serviços estatais. O MCT reconheceu então a perda do VeneSat-1, mas não explicou a causa do problema.

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Mas, de acordo com Fu Zhiheng, vice-presidente executivo da China Great Wall Industry Corp., empresa que construiu o VeneSat-1 para o governo venezuelano, o satélite teve um problema de montagem em seus painéis solares. Os painéis devem apontar para o Sol a fim de obter energia, e a falha nos dois conjuntos foi crítica. Nesses casos, o operador do satélite tem apenas algumas horas para aproveitar a energia restante e enviar o satélite à região conhecida como “órbita do cemitério” - onde satélites “mortos” devem permanecer sem pôr em risco os satélites ativos.

As estações venezuelanas públicas de televisão passaram a enviar os seus sinais para um transponder do satélite Intelsat 14, que serve às Américas, Europa e mercados africanos. Assim, foram retomadas as transmissões que estiveram fora do ar durante vários dias.

Lançado no final de 2008, o VeneSat-1 tinha previsão de atuar por 15 anos para fornecer serviços de televisão e banda larga. A agência espacial venezuelana ABAE disse, em janeiro deste ano, que Venezuela e China planejavam desenvolver o VeneSat-2 para substituir o VeneSat-1 assim que ele se aposentasse.

Fonte: SpaceNews