Mineração de Bitcoin já consome mais energia do que 20 países europeus
Por Patricia Gnipper | 23 de Novembro de 2017 às 14h17
A Bitcoin vem crescendo rumo à adoção do grande público, e os valores pelos quais são comercializados não param de subir. Mas outra coisa que também vem subindo com a popularização da criptomoeda é o consumo de energia causado por sua mineração virtual. Uma pesquisa recente revelou que essa prática já consome mais eletricidade do que mais de 20 países da Europa.
Quem conduziu a pesquisa foi a empresa britânica de comparação de preços de energia, a Power Compare. Eles descobriram que o volume de eletricidade necessário para se minerar a quantidade de Bitcoins atual já equivale ao consumo de 159 países individuais, incluindo a Irlanda, Croácia, Sérvia, Eslováquia e Islândia.
Ainda, em todo o continente africano, apenas três países consomem mais energia elétrica do que a mineração mundial de Bitcoins, sendo eles a África do Sul, Egito e Argélia, enquanto, no resto do mundo, constam países como o Equador, Porto Rico e Coreia do Norte.
Segundo a Power Compare, o consumo estimado de eletricidade atual da mineração de Bitcoin é de 29,05 TWh, o que equivale a 0,13% das necessidades globais de energia elétrica. Isso significa que, caso a mineração da moeda virtual fosse um país, ele estaria classificado no 61º lugar no ranking mundial de consumo de eletricidade. E o país fictício subiria rapidamente nessa lista, já que, também segundo a empresa que conduziu o estudo, a mineração de Bitcoin aumentou o consumo de energia em quase 30% somente nos últimos 30 dias.
Fechando o relatório, os pesquisadores apontaram que os custos anuais de eletricidade para a mineração de Bitcoins estão estimados em US$ 1,5 bilhão.
Fonte: TheNextWeb