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Review Force One Spitfire | Headset gamer que atende o uso básico

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Review Force One Spitfire | Headset gamer que atende o uso básico
Review Force One Spitfire | Headset gamer que atende o uso básico

A empresa brasileira Force One lançou o fone de ouvido gamer Force One Spitfire para oferecer uma opção confortável, com design “otimizado para eSports” e microfone destacável. O dispositivo chegou ao mercado com preço intermediário, mas o fato de a marca ser pouco conhecida pode afastar potenciais consumidores.

O Canaltech testou o produto e traz uma análise da qualidade geral, além do mais importante: o áudio. Conheça o headset Force One Spitfire em detalhes nos próximos parágrafos e descubra se ele vale a pena.

Fone Force One Spitfire: encontre o melhor preço

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Design e construção

O Spitfire é um fone over-ear, ou seja, você o coloca sobre as orelhas. Ele tem boa construção, com plástico bem resistente em boa parte de seu corpo e um suporte em metal que lhe confere aparência premium. Ao pegar o produto, você sente que ele é bem durável, ao menos considerando seu exterior.

O headset da Force One tem formato tradicional para um supra-auricular, com uma haste em plástico que segura as conchas por um suporte metálico ajustável de cada lado. A parte de dentro desta haste é acolchoada e bastante macia, e o Spitfire não machuca a cabeça mesmo com uso prolongado.

As conchas são de plástico na parte externa com uma almofada confortável em espuma bastante macia na parte interna. Cada lado pode se inclinar levemente para a frente e para trás, ajustando-se à sua cabeça. Aliado ao peso de menos de 290 gramas, o produto é bastante confortável de usar por muitas horas.

O fio de conexão sai do lado esquerdo, onde também é possível encaixar um microfone. Ou seja, você pode usar seu Spitfire como um headset ou como um fone de ouvido, apenas, dependendo da necessidade.

O microfone é uma pequena haste ajustável para todos os lados com uma espuma em uma ponta e o conector na outra. Adicionalmente, é possível desligar a captação de áudio no fio, onde também há um controle de volume.

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A conexão com o dispositivo é feita com um cabo P3 ou, alternativamente, com um adaptador P2, que tem entrada para fone e microfone. O fio é revestido em tecido, que evita que o cabo fique embaraçado.

Não há opção de usar o headset Spitfire, da Force One, sem cabos. Também não dá para usá-lo em um celular sem a entrada de fone de ouvido, a menos que você tenha um adaptador do conector de 3,5 mm para o USB-C, para Android, ou Lightning, para iPhone.

Um bônus interessante é a presença de almofadas auriculares extras já no kit original. Assim, quando seu fone começar a “descascar”, você pode trocar o material e prolongar a vida útil de seu headset sem a necessidade de procurar a peça para comprar separadamente.

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Qualidade de som

Para usar em transmissões ou partidas online, o fone de ouvido Spitfire é excelente. A qualidade de áudio é até surpreendente, tanto em reprodução quanto em captação.

Especialmente para um produto na faixa de preço do headset barsileiro, que foi lançado por R$ 320 — e pode ser encontrado mais em conta no varejo online. Não tem razão para ficar com o pé atrás com o fato de ser uma marca pouco conhecida e nem com o preço abaixo da média do mercado.

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Claro que não se trata de um produto que eu recomendaria a audiófilos, já que o nível de exigência destes consumidores é muito superior ao da maioria das pessoas. Mas eu me surpreendi positivamente com o equilíbrio de graves e agudos.

O fone de ouvido prioriza os médios e até consegue desempenhar bons graves, mas você pode estranhar se tiver outro dispositivo de áudio que reproduz bem essas notas. Os agudos ficam um pouco esquisitos, no entanto. Definitivamente não é um produto que eu recomendaria para ouvir música.

Eu testei o fone de ouvido Force One Spitfire em chamadas de voz pela internet, streaming de vídeo e até com uma breve jogatina de Zelda: Breath of the Wild no Nintendo Switch. Não vi muitos pontos negativos para esse tipo de uso, exceto pelo volume, que poderia ser um pouco mais potente.

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Cancelamento de ruído passivo

Eu moro no primeiro andar de um prédio com janela direto para uma rua bastante movimentada. Ou seja, quando se trata de isolamento acústico, meus testes são bastante pesados, pois me isolar do mundo exterior é bastante difícil.

O Force One Spitfire possui isolamento acústico passivo e consegue reduzir bastante os sons externos durante a sua jogatina. Claro que não chega ao nível de um dispositivo com cancelamento ativo, mas para um produto cujo design foi pensado para garantir o foco no som que sai do headset, está ótimo.

Agora, se você quer um headset que isole não apenas o áudio em reprodução, como também o microfone, talvez este não seja a melhor opção. O Spitfire reduz ruído de captação apenas pelo software, e aí vai depender do app que você usa para transmitir sua voz.

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Considere que o microfone tem captação omnidirecional, ou seja, ele vai absorver qualquer ruído ao seu redor e reproduzir para seus interlocutores. Aí é questão de desligar o microfone sempre que você não estiver falando para não atrapalhar reuniões ou a campanha da sua equipe em uma partida.

Ficha técnica

  • Comprimento do cabo: 2 metros;
  • Tamanho aproximado: 186 x 138 x 92 mm;
  • Peso: 288 gramas;
  • Entrada de áudio P3, com adaptador para P2 (fone e microfone);
  • Driver: 50 mm;
  • Resposta de frequência: 20 Hz – 20 kHz;
  • Potência de entrada: 20 mW (máx);
  • Microfone: omni-direcional removível;
  • Resposta de frequência do microfone: 50 Hz – 10 KHz.
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Concorrentes diretos

Não é difícil encontrar bons headsets gamer na faixa de R$ 200 a R$ 300. São geralmente modelos com poucos recursos, que se limitam, praticamente, a entregar boa qualidade sonora tanto em reprodução quanto em captação.

Sendo assim, pensei em alguns modelos que tenham algo mais para indicar aqui em concorrência ao Spitfire, da Force One. Um bom exemplo é o Corsair HS45, que tem som surround 7.1 e custa por volta de R$ 250. Uma alternativa também com áudio 7.1 é o Razer Kraken X Lite, que está na mesma faixa de preço.

O Gshield Armor, por sua vez, chega mais perto dos R$ 300 e tem detalhes em LED no corpo. Já o JBL Quantum 100 pode ser encontrado por menos de R$ 200 e tem características bastante parecidas com as do Spitfire. O diferencial dele é a fabricante, que já é mais conhecida.

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O Force One Spitfire vale a pena?

Um fone de ouvido gamer intermediário, o Force One Spitfire se destaca pela boa qualidade de construção e áudio equilibrado para jogar ou fazer chamadas de voz.

Seu maior problema talvez seja o nível de volume, que não é tão potente quanto outros modelos de até R$ 300. Além do foco total em médios, apesar de conseguir desempenhar bons graves, sacrificando um pouco os agudos.

Ainda assim, ele consegue desempenhar um isolamento acústico mínimo para lhe ajudar a focar na jogatina. E é bastante leve e confortável de usar, apesar de ter uma boa quantidade de metal na construção, que deve conferir maior durabilidade, especialmente para quem passa muitas horas do dia com o fone de ouvido na cabeça.

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Outros diferenciais são as espumas extras e o adaptador P3 para P2, que permite ligar o fone de ouvido em uma entrada exclusiva do fone e outra do microfone. O mic, aliás, é removível, o que facilita o transporte do headset.

Se você não quer investir muito alto em um bom conjunto de fone e microfone para jogar, o Spitfire é uma opção com construção durável. E não vai sacrificar uma das portas USB de seu computador para funcionar, já que tem conector tradicional de dispositivos de áudio.