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Lenovo nacionaliza produção de storage e workstations para "democratizar a IA"

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Reprodução/Lenovo
Reprodução/Lenovo

A Lenovo anunciou nesta terça-feira (2), em evento realizado em São Paulo, o início da fabricação nacional de suas linhas de soluções de armazenamento e estações de trabalho de alto desempenho. 

A produção será concentrada na fábrica da empresa em Indaiatuba (SP) e visa atender à crescente demanda de empresas brasileiras por infraestrutura robusta para Inteligência Artificial e processamento de dados, com a promessa de preços mais competitivos e entrega agilizada.

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O movimento estratégico busca posicionar a companhia não apenas como fornecedora de hardware, mas como viabilizadora da "inferência de IA" para pequenas e médias empresas, ou seja, permitir que organizações rodem modelos de inteligência artificial localmente, sem depender excessivamente da nuvem.

"A produção local visa trazer o fortalecimento local e melhor redução de custos logísticos", afirmou Erick Pascoalato, General Manager da Lenovo ISG Brasil, durante o evento. "Isso me traz a capacidade de trazer, principalmente para o segmento PME, o poder de chegar na inferência da IA para esses clientes".

O dado como "novo ouro" e a repatriação da nuvem

A nova linha de storage fabricada no Brasil inclui a série Storage DE, líder na América Latina para o segmento de entrada. Segundo Marcos Café, Diretor de Soluções de Data Storage para a América Latina, trazer essa produção para o país era um projeto de três anos.

Para o executivo, o momento é propício devido a um movimento de mercado que a Lenovo chama de "repatriação de dados". Muitas empresas que migraram massivamente para a nuvem pública agora buscam trazer parte dessas informações de volta para infraestruturas locais (on-premise) ou híbridas, motivadas por custos e segurança.

"Dado é o novo ouro. E ninguém guarda ouro em qualquer lugar", destacou Café durante a apresentação. Ele ressaltou ainda a importância da latência para a inteligência artificial: "Não existe IA sem dados. A IA deve estar onde o dado está, e não o dado ir aonde a IA está".

A empresa projeta consolidar a liderança no segmento de storage no Brasil até 2027, com a nova linha nacional oferecendo até três vezes mais performance que a geração anterior e suporte de sete anos.

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Workstations com poder de IA

Além do armazenamento, a Lenovo nacionalizou a produção de três modelos de workstations equipados com GPUs NVIDIA da arquitetura Blackwell: o notebook ThinkPad P16v Gen 3 e os desktops ThinkStation P2 Gen 2 e P3 Gen 2.

Daniel Bittencourt, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Lenovo, explicou que a fabricação local desses equipamentos é essencial para setores como engenharia, saúde, finanças e mídia, que exigem alto poder computacional. 

Ele ilustrou o impacto disso na produtividade com um exemplo prático de edição de vídeo, onde o ganho de tempo em renderização, quando somado ao longo de uma semana com vários profissionais, "equivale a quase um profissional a mais trabalhando".

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O evento também contou com a participação de Márcio Aguiar, diretor da divisão Enterprise da NVIDIA para a América Latina, que reforçou o papel dessas máquinas na democratização do desenvolvimento de IA. 

"O futuro da fabricação no Brasil se traduz aqui nesse evento hoje, na democratização da IA", pontuou Pascoalato ao encerrar a apresentação.

Embora não seja fabricado localmente, a Lenovo também exibiu no evento o ThinkStation PGX, descrito como um "supercomputador pessoal". Com capacidade de processamento de IA comparável a grandes servidores, o dispositivo permite que desenvolvedores criem e treinem modelos complexos diretamente de suas mesas, antes de escalá-los para data centers maiores.

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