EUA estaria revendo restrição nas exportações de chips para a China
Por Vinícius Moschen • Editado por Léo Müller | •
Os Estados Unidos podem aliviar algumas novas medidas para restringir exportações de semicondutores para empresas chinesas. De acordo com informações da Reuters, as regras impostas inicialmente poderiam afetar grandes empresas estadunidenses, e por isso devem ser repensadas.
Em um passado recente, os EUA impuseram regras mais restritas contra exportações de semicondutores para a China, para evitar que os componentes sejam usados em equipamentos militares.
Entretanto, nações concorrentes no mercado de chips não colocaram medidas tão rígidas, mesmo que também tenham aplicado algumas sanções contra a China. É o caso da Holanda e do Japão, que possuem as fornecedoras de semicondutores ASML e Tokyo Electron, respectivamente.
Portanto, as medidas trariam prejuízos para a competitividade e a demanda das próprias companhias dos EUA, que se fechariam ainda mais a um mercado de grandes proporções.
No mês passado, foi noticiado que o Departamento de Comércio dos Estados Unidos estava planejando uma nova regra que expandiria os poderes do país para interromper exportações de chips por parte de outras nações, mas que teria a exceção de Holanda e Japão.
De acordo com uma carta enviada pelo senador Alex Padilla e pela representante (cargo semelhante ao de deputada) Zoe Lofgren, o controle excessivo poderia “levar as companhias dos EUA a uma ‘espiral da morte’”:
“Pedimos para que pausem controles unilaterais extras de exportações, até que justifiquem que estes controles não trarão danos para a competitividade dos EUA em semicondutores avançados”
Os parlamentares ainda deixaram claro que não pedem a reversão das restrições à China, mas sim a oposição a regras que tenham “benefícios de segurança nacional questionáveis”, enquanto países aliados não fazem o mesmo.
A carta foi enviada ao Departamento de Comércio, que prometeu responder ao pedido pelos canais apropriados.
O documento foi considerado um sinal de insatisfação dos democratas da Califórnia em relação às medidas recentes. O estado abriga algumas das maiores empresas de fabricação de chips dos Estados Unidos, como a LAM, Applied Materials e KLA.
Fonte: Reuters