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Por conta da COVID-19, Brasil abandona biometria nas eleições deste ano

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou nesta quarta-feira (15) que a identificação biométrica não será utilizada durante as eleições municipais deste ano, programadas para o mês de novembro.

De acordo com a autoridade, o motivo para tal decisão é simples: a coleta de impressões digitais pode contribuir com a disseminação do novo coronavírus (SARS-CoV-2), causador da doença COVID-19.

Para tomar tal atitude, técnicos do TSE realizaram uma reunião de consultoria gratuita com os médicos David Uip, do Hospital Sírio Libanês, Marília Santini, da Fundação Fiocruz, e Luís Fernando Aranha Camargo, do Hospital Albert Einstein. De acordo com os especialistas, seria inviável higienizar o equipamento após cada uso individual; ademais, as filas decorrentes do uso da tecnologia podem criar aglomerações desnecessárias.

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Segundo o tribunal, esta medida faz parte de uma série de protocolos que estão sendo preparados em parceria com as instituições citadas para otimizar a higiene durante as eleições e reduzir ao máximo as chances de disseminação do vírus. Diferente de outros países, que já cogitam um sistema de votações online, o Brasil permanece firme em prosseguir com o evento de forma presencial.

Vale lembrar que a justiça eleitoral começou a adotar o cadastramento biométrico em 2008 como uma forma de prevenir fraudes; de lá para cá, já foram colhidas as impressões digitais de quase 120 milhões de eleitores. O plano do TSE é que, até o ano de 2022, todo o eleitorado esteja devidamente registrado, o que equivale a mais de 150,5 milhões de cidadãos.

Fonte: Agência Brasil