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EUA exigem medidas antitruste "urgentes" contra Apple, Google, Facebook e Amazon

Por| 06 de Outubro de 2020 às 21h20

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Reprodução/Jakob Owens (Unsplash)
Reprodução/Jakob Owens (Unsplash)

Após uma longa investigação que durou nada menos do que 15 meses, legisladores da Comitê do Judiciário da Câmara dos Estados Unidos apresentaram, nesta terça-feira, um detalhado relatório de 449 exigindo medidas urgentes para acabar com o monopólio das big techs — mais especificamente, Google, Amazon, Facebook e Apple. Os especialistas afirmam que as empresas abusam de seus poderes e simbolizam perigos à economia.

Segundo o documento, as quatro companhias evoluíram rapidamente de simples startups para “os tipos de monopólios que vimos pela última vez na era dos barões do petróleo e magnatas das ferrovias”. A comparação, embora pareça exagerada, diz respeito à grande influência que tais marcas possuem em seus respectivos segmentos de atuação, ditando preços e padrões que precisam ser seguidos pelo resto do mercado.

A proposta dos legisladores? Realizar a maior reforma nas leis antitruste do país desde 1976, quando foi aprovada a Lei de Melhorias Antitruste Hart-Scott-Rodino. Isso envolveria reestruturar essas gigantes da tecnologia, desmembrando-as em companhias menores e garantindo que elas não possam mais comprar startups que ameacem a sua soberania — como o Google fez com o Waze ao sentir que ele competiria com o Maps.

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“A totalidade das evidências produzidas durante esta investigação demonstra a necessidade premente de uma ação legislativa e de reforma. Essas empresas têm muito poder, e esse poder deve ser controlado e sujeito à supervisão e fiscalização adequadas”, afirma o relatório, que foi encaminhado para apreciação para a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.

Contudo, mesmo entre os legisladores, há opiniões divergentes a respeito da resolução dos problemas. Os democratas sugerem medidas mais brandas, como implementar medidas que impeçam que tais gigantes favoreçam seus próprios produtos em prol da concorrência — no caso, por exemplo, o Google ficaria impedido de dar mais destaque aos seus próprios apps em uma pesquisa do que softwares de terceiros.

Já os republicanos propõem medidas mais duras, com intervenções do Congresso que alterem drasticamente o modelo de negócios das big techs. Vale lembrar que tal questão está sendo usada por muitos candidatos à presidência dos EUA na corrida eleitoral de 2020.

Fonte: The New York Times