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Estados Unidos passam a exigir redes sociais para emissão de visto

Por| 02 de Junho de 2019 às 20h07

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Estados Unidos passam a exigir redes sociais para emissão de visto
Estados Unidos passam a exigir redes sociais para emissão de visto

Na última sexta-feira (31), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, implementou uma nova política que passa a exigir links de perfis das redes sociais dos requerentes de visto para entrar no país norte-americano. Além disso, endereços de e-mails e números de telefones usados nos últimos cinco anos também farão parte das informações necessárias para dar entrada no processo de solicitação do visto.

Levando em consideração a quantidade de requerimentos do ano passado, as autoridades estimam que a nova proposta afetaria cerca de 14,7 milhões de pessoas anualmente. A exigência dos links e/ou nome de usuário afeta pessoas que viajam aos Estados Unidos com fins de turismo, trabalho ou estudo, porém vistos diplomáticos e oficiais estão isentos da medida.

Um novo campo para indicar o endereço das redes sociais usadas já aparece no Formulário de Solicitação de Visto Online para Não-Imigrantes, o DS-160. Por enquanto, o menu suspenso inclui apenas os principais sites de mídia social, mas em breve será possível listar todos os sites utilizados.

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Falando ao The Hill, um funcionário do Departamento de Estado dos Estados Unidos ressaltou que os candidatos têm a opção de dizer que não usam redes sociais, mas quem mentir poderá enfrentar "consequências sérias com a imigração".

"Como vimos no mundo todo nos últimos anos, as redes sociais podem ser um grande fórum para sentimentos e atividade terrorista. Esta será uma ferramenta vital para impedir terroristas, ameaças à segurança pública e outras pessoas perigosas de conseguir benefícios de imigração e colocar os pés em solo dos EUA", completou o representante do governo.

Apesar de ter sido colocada em prática apenas agora, o Departamento de Estado norte-americano já havia manifestado sua intenção de implementar esta política em março de 2018. Na época, a União Americana pelas Liberdades Civis disse que "não há evidências de que o monitoramento da mídia social seja eficaz ou justo", alegando ainda que isso faria com que as pessoas se autocensurassem na internet.

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Fonte: The Hill