Deputados que fazem parte da CPI das Fake News gerenciam grupos de...fake news
Por Redação | 12 de Fevereiro de 2020 às 13h25
Integrantes da “tropa de choque” do governo Bolsonaro na Câmara, os deputados Coronel Tadeu (PSL-SP) e Filipe Barros (PSL-PR) são listados como administradores de grupos no WhatsApp com compartilhamentos de fake news, segundo reportagem do portal UOL. No entanto, o mais curioso é: eles fazem - ou faziam - parte da CPI mista das Fake News no Congresso.
Os repórteres Vinícius Segalla e Aiuri Rebello tiveram acesso a mensagens com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso Nacional, com destaque para Rodrigo Maia (presidente da Câmara dos Deputados) e Dias Toffoli (presidente do STF).
Um dos grupos aos quais a reportagem teve acesso se apresenta como “direita conservadora”, em defesa de “Bolsonaro por bem do Brasil”. Administrada por Barros e outra pessoa não identificada na matéria, o grupo compartilha memes, vídeos e links com teor político, alguns deles retirados de sites especializados em fake news.
Outros conteúdos compartilhados são mensagens de apoio a Bolsonaro e outros integrantes do governo, além de mensagens religiosas, teorias da conspiração e ataques a ex-aliados.
Em resposta à reportagem, os deputados afirmaram não ter controle sobre grupos em que são incluídos como administradores. No caso do grupo citado acima, o outro administrador divulga conteúdos relacionados ao mandato do deputado Barros.
Já Tadeu declarou que não sabe do grupo citado na matéria, chamado de “Major Vitor Santos”, no qual é listado como administrador junto de outras oito pessoas. Ambos declaram que caso encontrem conteúdo falso avisariam o responsável e que já o fizeram algumas vezes.
Participação na CPI das Fake News
Filipe Barros ainda é um integrante da CPI mista das Fake News no Congresso, que investiga o disparo em massa de mensagens em grupos de WhatsApp, e outras redes sociais, para fins políticos, com ataques à adversários e à oposição. Já o Coronel Tadeu participou da comissão até o final de 2019.
Fonte: UOL