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Construção da usina nuclear Angra 3 vai ser retomada em 2020

Por| 22 de Novembro de 2019 às 22h00

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Construção da usina nuclear Angra 3 vai ser retomada em 2020
Construção da usina nuclear Angra 3 vai ser retomada em 2020

Nesta sexta-feira (22), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participou da terceira edição do Prêmio de Reconhecimento Nuclear da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), e trouxe à tona expectativas em torno do programa nuclear brasileiro. Ali, ele revelou que, em 2020, será retomada a construção da usina nuclear Angra 3.

“Provavelmente iniciaremos Angra 3 em 2020”, disse. Vale lembrar que mais de 60% da Usina de Angra 3 foi construída, o que custou quase R$ 10 bilhões, sendo que, para concluir a obra, ainda faltam R$ 15 bilhões em investimentos. A previsão da retomada das obras para 2020 foi reforçada pelo presidente da Abdan, Celso Cunha. Segundo ele, este ano, para o setor, foi de “desatar nós”. “O setor de geração termonuclear começa a apresentar uma solução para a conclusão do impedimento de Angra 3”, afirmou.

“O programa nuclear, para o Brasil, é prioridade. Faz parte da nossa matriz energética e, pelas caraterísticas do nosso país, nós não podemos abrir mão dessa fonte de energia”, acrescentou o ministro, que também apontou que, após “altos e baixos”, o país volta a um patamar “que podemos sonhar”.

Esse programa nuclear brasileiro começou nos anos 1950 com as usinas de Angra 1 e Angra 2 sendo construídas, começando a operar no litoral do Rio de Janeiro ao longo dos anos posteriores. Por sua vez, Angra 3 será a terceira usina da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, na praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ).

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De acordo com a Eletronuclear (administradora do complexo), quando entrar em operação comercial, a nova unidade será capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, o que seria energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte, por exemplo, e a energia nuclear passará a gerar o equivalente a 50% do consumo do estado do Rio de Janeiro.

Fonte: Exame