Uber contrata a primeira executiva de diversidade após ano de denúncias
Por Ricardo Ballarine | 24 de Janeiro de 2018 às 07h53
As denúncias de assédio e sexismo que assombraram a Uber em 2017 começaram a mudar a cultura da empresa. Se até o ano passado o comando da companhia pouco fazia em relação aos casos que pipocavam na mídia, agora a política é outra.
A investigação interna comandada pelos advogados Eric Holder e Tammy Albarran, finalizada em junho passado, recomendou a contratação de uma executiva de inclusão e diversidade. Seis meses depois, a Uber finalmente anunciou um nome para a posição.
Bo Young Lee, atual chefe de diversidade e inclusão da Marsh & McLennan, firma de serviços financeiros, vai ocupar essa posição na Uber. Ela começa a trabalhar em Nova York e em março vai se juntar à sede da empresa, em São Francisco.
Em um comunicado, a executiva afirma que reconhece que a Uber está levando a sério a mudança de cultura. "Há muito mais trabalho a ser feito, e estou entusiasmada em trazer minha experiência para a mesa a fim de resolver os desafios difíceis relacionados à diversidade e inclusão em parceria com os funcionários da Uber", comentou a executiva.
Respostas às investigações
Lee é a terceira executiva contratada pelo CEO da Uber, Dana Khosrowshahi. Antes, chegaram o novo COO, Barney Harford, e o diretor do departamento jurídico, Tony West.
A primeira opção da Uber era promover Bernard Coleman, chefe da divisão de diversidade, ao novo cargo. Mas a empresa optou por trazer uma pessoa de fora para essa posição. Lee irá se reportar diretamente à diretoria de recursos humanos, comandada por Liane Hornsey.
A nova executiva é uma resposta não só às investigações, mas também às denúncias que explodiram depois que a ex-funcionária Susan Fowler publicou um texto em seu blog relatando o que acontecia na empresa.
Fonte: Engadget