Publicidade

Ubisoft se desculpa por relação hetero forçada em Assassins Creed: Odyssey

Por| 17 de Janeiro de 2019 às 21h13

Link copiado!

Ubisoft
Ubisoft
Tudo sobre Ubisoft

Aviso: o texto a seguir contém leves spoilers sobre os extras mais recentes de Assassins Creed: Odyssey. As informações abaixo não possuem o seu contexto completo nem estragam de fato a experiência de jogo, mas, de qualquer forma, por contar uma parte do conteúdo do jogo, fica aqui o alerta ao leitor.

A publisher francesa Ubisoft pediu desculpas recentemente por “forçar” o jogador em uma relação heterossexual ao final do extra mais recente do jogo Assassins Creed: Odyssey. A declaração da empresa veio após diversos jogadores reclamarem que, ao agir desta forma, a empresa estaria se contradizendo em relação a um dos pontos principais do marketing do título antes de seu lançamento — o da liberdade irrestrita de escolhas românticas.

Ao final do Episódio “Shadow Heritage” (“Herança Sombria”, na tradução livre) — uma parte da DLC “Legacy of the First Blade” (“Legado da Primeira Lâmina”) — o protagonista de Assassins Creed: Odyssey, Kassandra ou Alexios, dependendo da preferência do jogador, acaba tendo um filho resultante de uma relação heteronormativa. Isso irritou a comunidade dedicada ao jogo, haja vista que essa progressão de enredo é unilateral, decidida apenas pela publisher e sem input do jogador.

Continua após a publicidade

O diretor criativo do jogo, Jonathan Dumont, ofereceu explicações sobre o motivo dessa decisão ter sido tomada, bem como um pedido de desculpas por ela: “Nós gostaríamos de pedir desculpas aos jogadores desapontados pelo relacionamento que seus personagens assumem. Alexios/Kassandra, se dando conta de sua própria mortalidade e do sacrifício feito por Leonidas e Myrrine para manter seus legados vivos, sentiram o desejo e o dever de preservar sua importante linhagem”.

“O nosso objetivo era o de deixar que os jogadores escolhessem entre uma perspectiva utilitária de certificar-se que sua linhagem, seu sangue, sobrevivesse, ou então que formassem uma relação romântica. Tentamos distinguir entre ambos os casos mas poderíamos tê-lo feito de forma mais cuidadosa, já que andávamos em uma linha tênue entre escolhas feitas em um RPG ou a progressão da história, e a clareza e motivação para essa decisão foram executadas de maneira pobre”, ele continuou.

Dumont ainda disse que os jogadores não precisarão, se assim desejarem, continuar este relacionamento na próxima parte do arco, chamada “Bloodline” (“Linhagem”), adicionando que todo o caso foi “uma experiência de aprendizado” e que a Ubisoft “fará o seu melhor” para que as escolhas do jogador sejam respeitadas por completo, conforme a empresa prometia durante a divulgação do jogo antes de seu lançamento.

Continua após a publicidade

Durante a E3 2018, a diretora narrativa de Assassins Creed: Odyssey, Melissa McCoubrey, disse: “Se você quiser ser uma mulher e se relacionar com uma mulher, pode fazer isso. Se você quiser um homem e relacionar-se com uma mulher, você pode fazer isso. Se quiser ser um homem e relacionar-se com um homem e uma mulher, você pode fazer isso”.

Fonte: Ubisoft Forum