Silksong terá expansão com chefe cancelado de Hollow Knight
Por Gabriel Cavalheiro • Editado por Jones Oliveira |
Em entrevista ao jornalista Jason Schreier, os fundadores da Team Cherry, William Pellen e Ari Gibson, revelaram que estão trabalhando em uma expansão para Hollow Knight: Silksong. Após quase sete anos de desenvolvimento, os jogadores podem esperar uma temática de “aço” e a volta de um inimigo cortado no primeiro jogo.
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Um dos conteúdos que pode chegar em uma futura expansão é o Assassino de Aço Sharpe e sua trupe. O personagem foi planejado inicialmente como um chefe de um apoiador do Kickstarter para o primeiro Hollow Knight, de 2017. No entanto, Sharpe acabou não aparecendo em nenhum dos dois metroidvanias da Team Cherry.
Em 2018, os próprios desenvolvedores compartilharam mais detalhes sobre o Assassino de Aço em seu blog oficial. Segundo o estúdio: “Sharpe é um caçador de uma terra distante. Ele foi encarregado de eliminar a Hornet e não veio sozinho. Sharpe traz companheiros em sua missão mortal”. O personagem usa seu nariz como um chicote e seria adicionado junto da Hornet no primeiro jogo (conteúdo que acabou evoluindo e se tornou Silksong).
“Estão apenas esperando nos bastidores. Esperando para chegar é provavelmente a melhor maneira de dizer. Um desses inimigos, um pequeno grupo de Sharpe e seus companheiros... eles foram guardados por um tempo porque o jogo já tinha muita coisa”, afirmou Gibson. “E todas essas peças precisam de polimento, e polimento leva tempo. Estamos animados para reintroduzir Sharpe. Só precisamos encontrar tempo para eles.”
A Team Cherry também comentou sobre a Vila dos Leões, outro conteúdo cortado que originalmente chegaria com a Hornet jogável no primeiro Hollow Knight. A localização seria um pedido de outro apoiador que teria doado uma quantia considerável de dinheiro para o projeto. Gibson afirma que a desenvolvedora irá garantir “o cumprimento de todas as nossas obrigações”.
O cofundador da desenvolvedora australiana explica: “Primeiro, porque elas serão muito divertidas de fazer. Mas, mesmo ao lado dessas tarefas, tínhamos nossas próprias ideias para coisas extras que poderiam ser adicionadas ao mundo. Estamos tentando equilibrar o momento ideal para isso.”
Segundo o estúdio, a chegada de novos conteúdos irá variar de escala, incluindo coisas maiores como o DLC do primeiro jogo, Godmaster. Gibson reconheceu que há certo interesse dos jogadores em uma versão do panteão para Silksong (boss rush). “Certamente, notamos que as pessoas gostariam de uma expansão dessa forma, podendo entrar em espaços de panteão e lutar novamente contra chefes. E já existe um número enorme deles”, afirmou.
O prazo para a chegada de Assassino de Aço Sharpe, Vila dos Leões ou mesmo um Godmaster em Silksong segue indefinido. “Não planejamos sete anos para Silksong. Não que esperemos levar uma quantidade excessiva de tempo, mas ainda estamos seguindo a mesma filosofia de desenvolvimento, o que às vezes pode expandir nosso prazo”, revelou Gibson.
Apesar disso, William Pellen revelou que a Team Cherry irá se comunicar com mais frequência em relação a novos conteúdos. “Começaremos a falar mais sobre isso em breve, mas talvez não mencionemos um prazo agora”, afirmou o desenvolvedor. “Teremos mais para falar, com mais frequência. [...] A cadência será mais frequente em breve.”
A Team Cherry não acredita que Hollow Knight: Silksong irá ganhar o Jogo do Ano
Faltam menos de duas semanas para conhecermos o Jogo do Ano e acompanhar os anúncios do The Game Awards 2025. Apesar de ser um dos jogos mais indicados do ano, a Team Cherry não irá viajar para Los Angeles para acompanhar o evento presencialmente.
“Talvez não. Estamos bastante ocupados”, respondeu Pellen quando perguntado sobre sua participação no evento. Muito provavelmente, os desenvolvedores estão ocupados justamente com os conteúdos adicionais que revelaram na entrevista.
Ari Gibson acredita ainda que o título favorito de 2025, Clair Obscur: Expedition 33, irá ganhar o prêmio de Jogo do Ano. “Este ano acho que estamos seguros [de não precisar subir ao palco]. Acho que Expedition 33 é excepcional e amplamente palatável. Enquanto nós estamos naquele fio da navalha, onde agrada a alguns e enfurece a outros.”
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