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Review Ruff Ghanor | A grandeza e a dificuldade de começar por baixo

Por  • Editado por  Durval Ramos  | 

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Divulgação/Magalu Games
Divulgação/Magalu Games

Uma história gloriosa que começa de maneira simples, mas com o peso necessário para quem sabe estar destinado a algo maior. Ruff Ghanor é assim, colocando uma ênfase nas escolhas e na estratégia para fazer com que até mesmo uma ida à taverna local ou o combate contra um lobo selvagem se transformem em questões que, mais adiante, definirão o destino do protagonista.

Oponentes, também, acabam sendo mais do que meros minions a serem enfrentados, com provocações e pequenos diálogos adicionando ao peso já inerente trazido a cada encontro pelo sistema do próprio game. É na arte, também, que percebemos as principais referências do time de desenvolvimento, fãs da obra que começou nos podcasts de RPG do Jovem Nerd e que agora ganha novos ares.

Entretanto, tudo isso é colocado à prova quando morremos inevitavelmente e temos de recomeçar os atos sempre longos do título. As narrativas se repetem e, seja pela pressa ou autopreservação, o jogador pode se ver pouco incentivado a participar de missões com cara de secundárias, acabando por abrir outra brecha estratégica que significará o seu fim adiante, com mais um recomeço incômodo.

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Existem também ajustes de balanceamento a serem feitos entre o poder de ataque dos oponentes e a possibilidade do jogador de ampliar a própria força. Enquanto estágios de aumento de energia existem aos montes, o mesmo não pode ser dito de upgrades relacionados a ataques ou poderes, feitos a partir de uma moeda interna gasta rapidamente com poucos usos.

A sensação de que a sorte precisa sempre estar ao lado do jogador, trazida em momentos de escolha e parte da cartilha básica dos roguelikes, nem sempre existe aqui. Principalmente nas etapas posteriores de cada ato, o jogador pode se sentir sempre enfrentando desafios grandes demais, principalmente ao notar que pequenos erros feitos no início se acumulam e retornam como uma bomba para destruir a jogatina no clímax dos trechos.

Vale a pena jogar Ruff Ghanor?

A escolha de basear o game nas origens do protagonista e nos primórdios dessa história está entre as mais acertadas da produção. Assim, quem nunca teve contato com a obra de Caldela pode começar daqui, enquanto quem já foi fisgado pelo universo criado pelo duo do Jovem Nerd terá uma nova forma de interagir com as histórias e seus personagens.

Acima disso, a fuga do óbvio, quando falamos em histórias medievais e fantásticas, faz com que o trabalho da DX Gameworks chame mais atenção. Ainda que existam arestas a polir, principalmente no balanceamento, não dá para negar como orna a junção dessa ambientação com os sistemas e mecanismos usados para inserir o jogador na história.

Ruff Ghanor será lançado no dia 22 de fevereiro em versões PC, Xbox One, Xbox Series X|S, Nintendo Switch, PS4 e PlayStation 5. O título é distribuído por Magalu Games e Nonsense Creations. No Canaltech, o game foi analisado em versão PC gentilmente cedida pela DX Gameworks.

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