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Por que Capcom e outras gigantes só querem saber de remakes? Estudo explica

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Divulgação/Konami
Divulgação/Konami

Uma pesquisa da empresa de dados Ampere Analysis publicada nesta segunda-feira (3) revelou que os remasters de videogames lançados em 2024 e 2025 registraram 72,4 milhões de jogadores no Xbox, PlayStation e Steam.

Outro dado importante divulgado pela companhia é que jogadores de todo o mundo gastam, em média, duas vezes mais em remakes do que em remasterizações. Entre 2024 e 2025, mais de US$ 1,4 bilhão foi gasto com 42 remakes e remasters examinados pela Ampere, seja em jogos premium completos ou monetização in game.

Nos últimos anos, cada vez mais empresas vêm adotando uma estratégia de trazer propriedades antigas com atualizações gráficas ou mesmo refeitas do zero. A Capcom é uma dessas companhias que vem investindo pesado em trazer seus clássicos a novos públicos. Essa movimentação acontece desde 2019 com o lançamento do aclamado Resident Evil 2.

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Apesar de remakes registrarem um maior faturamento, desenvolvedoras precisam investir mais dinheiro, marketing e tempo para projetos dessa natureza. Enquanto isso, as remasterizações normalmente são mais rápidas de se produzir e não precisam de tanto capital envolvido no projeto, apesar de entregarem um engajamento menor.

Segundo a Ampere, The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered, uma remasterização do clássico RPG da Bethesda que chegou em abril deste ano, atingiu um pico de US$ 180 milhões em gastos do consumidor e 7 milhões de usuários ativos mensais no PlayStation, Xbox e Steam quando foi lançado.

Papel da IA nos remakes e remasterizações

Em uma entrevista à Rolling Stone Brasil, a mente por trás de Death Stranding, Hideo Kojima, afirmou que "no futuro, remakes e continuações serão feitos por IA". O desenvolvedor argumentou sobre o número crescente de remakes e continuações na indústria:

"Costumam me perguntar o que penso sobre a indústria de games lançar tantas continuações, mas isso não é exclusivo dos jogos. O cinema também faz o mesmo com remakes e reboots. Como já são obras conhecidas, é mais fácil produzi-las e captar investimento" e alertou: "o ponto de vista de negócios não está errado. Mas, se a indústria fizer só isso, é perigoso. Precisamos continuar criando coisas novas".

Apesar do posicionamento de Kojima, o produtor da franquia Silent Hill, Motoi Okamoto, afirmou que seria difícil para a IA criar uma sequência como Silent Hill f.

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Outro executivo que não acredita que a Inteligência Artificial generativa irá fazer grandes jogos é o CEO da Take-Two Interactive, Strauss Zelnick, que afirmou que a IA não consegue criar um jogo multifacetado como GTA.

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