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MP quer tirar do ar jogo de Bolsonaro por fazer o Brasil passar vergonha

Por| 05 de Dezembro de 2018 às 19h30

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Bs Studios
Bs Studios

Depois de duas derrotas seguidas, o Ministério Público do Distrito Federal e Território (MPDFT) desenvolveu uma nova estratégia para tentar tirar do ar o jogo Bolsomito 2k18, que conta com o presidente eleito Jair Bolsonaro espancando feministas, gays, negros e integrantes do Movimento dos Sem-Terra.

Depois de falhar ao pedir a retirada dos jogos por meio de canais administrativos e de conseguir o procedimento em uma ação civil pública, o MPDFT está agora processando a Valve (empresa dona da Steam, plataforma onde o jogo está sendo vendido), tentando forçá-la não só a retirar o jogo da loja como também a fornecer ao órgão os dados cadastrais e financeiros da BS Studios, empresa que desenvolveu o jogo.

O MPDFT argumenta que o jogo acarreta em uma violação do direito de personalidade do presidente eleito Jair Bolsonaro, o que estaria gerando danos morais a todos os brasileiros ao mostrar o presidente do país espancando seus adversários políticos. Além disso, como todos os inimigos presentes no jogo fazem parte de grupos minoritários (mulheres, negros, integrantes da comunidade LGBTQIA+ e de movimentos sociais), ele também se enquadra na categoria de incitamento de ódio às minorias.

A ação foi ajuizada pela Unidade Especial de Proteção de Dados e Inteligência Artificial do órgão e, segundo o promotor de Justiça Frederico Meinberg, coordenador do MPDFT, ao mostrar o presidente eleito espancando pessoas pela rua, o jogo faz o Brasil passar vergonha perante o resto do mundo.

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Lançado em 5 de outubro, Bolsomito 2k18 é um jogo do estilo beat’em’up que mostra o presidente eleito enfrentando um “exército vermelho” composto por integrantes de grupos sociais minoritários, e faz alusões óbvias a figuras públicas como Fernando Haddad (candidato do PT à presidente nas eleições de 2018), Dilma Roussef e Luís Inácio Lula da Silva (ex-presidentes do Brasil), além do apresentador do Jornal Nacional, William Bonner.

Fonte: UOL